sábado, 11 de junho de 2011

Autarquia de Loulé regista quebra de receitas acima dos cinquenta por cento

"O presidente da Câmara Municipal de Loulé, revelou há dias, durante um encontro com dirigentes e associados da Associação Empresarial de Almancil, que a autarquia está impossibilitada de executar muitas obras, embora consideradas prioritárias, "devido a uma quebra nas receitas de mais de cinquenta por cento, comparativamente aos anos 2007 ou 2008”. 

Apenas pequenas obras vão continuar a realizar-se

Ainda assim, algumas intervenções estão a ser equacionadas e vão mesmo avançar, designadamente a construção de uma rotunda na estrada de Quarteira, na zona das Escanchinas (próximo do restaurante Sr. Frango), assim como terão início muito em breve melhoramentos no acesso à entrada da Quinta do Lago (entre Quinta Shopping e Hotel Conrad Algarve Palácio da Quinta), devendo em seguida ser continuada essa requalificação até à entrada de Vale do Lobo. 

Nesse sentido, Seruca Emídio referiu que a Câmara está a fazer uma reavaliação das necessidades e considera indispensável orientar a actuação da autarquia "para o que for possível fazer com menos dinheiro”, nomeadamente algum "reordenamento na sinalética, rectificação da publicidade, ou pequenas intervenções" que se consigam executar mediante pequenos gastos. 

O vice-presidente da autarquia, José Graça, prestou um esclarecimento pormenorizado acerca da calendarização dos investimentos na freguesia de Almancil e sua evolução, designadamente sobre a construção e rectificação de alguns troços da rede viária, bem como acerca das intervenções efectuadas em termos de saneamento básico, prestando ainda esclarecimentos sobre a política de implementação de parquímetros, garantindo que a medida "visa apenas obrigar a uma maior rotatividade no estacionamento", para que um maior número de automobilistas possa usufruir do estacionamento. 

Ainda acerca da redução das receitas da autarquia, o vice-presidente recordou mesmo que as receitas em 2003, 2004 ou 2005 rondavam os 30 milhões de euros (ME) por ano, em 2006 a receita cresceu e em 2007 chegou aos 47 ME, mas de então para cá tem vindo sempre a reduzir, devido à quebra nos investimentos, nomeadamente na área imobiliária. José Graça, disse que em 2010 a receita da autarquia não ultrapassou os 20 milhões de euros e para este ano (2011) "prevê-se que não ultrapasse os 15 ME", o que impede a autarquia de realizar mesmo as obras mais pequenas. 


Modernização administrativa – acompanhamento processual por via digital 

Qualquer munícipe “pode chegar à Internet e verificar em que situação se encontra o seu projecto. Não há razão para os projectos não evoluírem rapidamente” – esclareceu Seruca Emídio, falando aos empresários almancilenses, na sequência de algumas solicitações de maior celeridade nesse âmbito. 

Com a informatização dos serviços da autarquia foi também feito um levantamento geográfico que custou mais de dois milhões de euros e, por isso, hoje é possível identificar de forma rápida a localização de qualquer ruína, qualquer edifício ou terreno e, dessa forma, controlar também o que está a ser efectuado, porque toda a recepção e condução dos processos na autarquia louletana, também já está a ser feita por via digital. 

Primeiro o presidente e depois o vereador Aníbal Moreno, explicaram que o sistema electrónico de modernização e consulta on-line está acessível via internet a qualquer munícipe mediante password, custou cerca de dois milhões de euros e "está em pleno funcionamento". 

Os serviços da autarquia "passaram a ser totalmente digitais desde o passado dia 2 de Maio", o que permite também afirmar que “a Câmara de Loulé é a autarquia do sul do País mais avançada nesta área”. 

Outra vantagem alcançada com esta evolução, prende-se com a poupança de muitas toneladas de papel, já que, todos os processos passaram a ser digitais e o Ambiente agradece." - Região Sul

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