quinta-feira, 30 de junho de 2011

Boa vida e Boa mesa

"Há que arranjar argumentos para se votar com propriedade nas 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal, até 7 de setembro, e por isso iremos à origem, de olho na ementa marinha das “papas mouras” conhecidas por xarém, para depois nos perdermos no esplendor da Ria Formosa.

xarem é uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal a votar até 7 de Setembro

Invoque-se o especialista, o historiador e investigador da história da alimentação Renato Costa, que elege o xarém como uma das “receitas intemporais do Algarve” embora com outro nome: as papas mouras, assim lhe chamavam os pais dos avós dos algarvios, que as comiam acompanhadas pelas conquilhas ou outros bivalves, se fosse caso disso, quando a casa ficava no litoral.

Em se vivendo na serra, ou junto à horta, entrava o toucinho, o chouriço, os coentros na versões marinha e terrestre que o xarém é democrático e adapta-se a inúmeros paladares.
Afinal o verdadeiro segredo são os temperos e acompanhamentos, que podem ser à medida do apetite, do gosto e do bolso de cada um.

Ruma-se por isso a Olhão, cujo xarém com conquilhas figura entre os finalistas das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal.

Puxa-nos o gosto para a Casa Algarvia, um pequeno restaurante familiar no minúsculo largo fronteiro aos mercados de Olhão de traça com inspiração mourisca e de onde se pode espreitar a Ria.

Mas basta andar pela marginal, onde se alinham uma enfiada de restaurantes em que pontua a gastronomia pesqueira e nalgum haverá xarém. De conquilhas, berbigão ou, na versão rica, incrementado com camarões.

Não será viagem em vão se os sabores penderem para outras ofertas, porque em Olhão a riqueza do marisco, a frescura do peixe, a aposta nos petiscos como as ovas de choco fritas, os sabores frescos do mar temperados pelos sabores das ervas e saladas das hortas das aldeias próximas, está garantido.

Já agora e a título de curiosidade fica-se a saber que o ingrediente base deste prato são papas de milho, à semelhança da polenta italiana, num sabor quase neutro que depois absorve todos os outros temperos do prato.

Saiba-se ainda que a farinha utilizada não deve ser de moagem excessivamente fina, de forma a não ficar excessivamente pesada e envolver com delicadeza as conquilhas.

Para este tipo de moagem usava-se uma pequena mó manual, essa sim ferramenta que se herdou da cultura árabe e pela sua evidente utilidade sobreviveu aos tempos e que se chama xarém, como ensinaram linguistas e historiadores.

Ao prato agora recuperado para a tradição gastronómica, chamava-lhe o povo apenas “papas mouras” conservando a memória, não da receita, mas do utensílio, o xarém, este sim, um artefacto da cultura islâmica.

Depois ceda-se ao apelo da Ria Formosa, que se estende ali em frente. Uma das melhores soluções é anuir ao impulso e embarcar num dos pequenos barcos/táxi para uma volta que poderá passar por um dos esplendores do Algarve, a costa livre das ilhas da Culatra, do Farol ou da Armona um areal dourado literalmente a perder de vista.

Pelo caminho, cruzam o ar as aves que fazem da Ria a sua casa." - Observatório do Algarve

Dicas para o fim de semana

"No fim de semana que se aproxima há música, dança, cinema, desporto e muito mais. 

Conheça as propostas.

Música, em Vila do Bispo, com Tim - Companheiros de Aventura, dia 2, às 22h00, no Centro Cultural de Vila do Bispo.

Tim e Companheiros de Aventura vai estar em Vila do Bispo

Música, em Estombar (Lagoa), no Festival Lagoa Jazz 2011, de 1 a 3 de julho, com Omar Hakim & Rachel Z “The Trio of OZ” (dia 1), CINCO (dia 2) e Quinteto de Daniel Mille (dia 3), no Sítio das Fontes. O recinto abre portas às 19h00 e os concertos são às 22h00.

Música em Lagoa, no Ciclo de Concertos Promenade, com a Orquestra do Algarve, dia 3 de julho, às 15h30, no Auditório de Lagoa.

Em Faro, comemorações do 6º Aniversário do Teatro das Figuras, com espetáculos de Alento - Danças Ocultas, no dia 1, às 21h30, Moçoilas, às 21h00; Les Étoiles, entre as 19h00 e as 20h00; e Diabo na Cruz, às 22h30, no dia 2 de Julho.

Em Faro, exposição “Anne Frank: uma história para hoje”, para visitar de 4 a 27 de Julho, de segunda a sexta, das 9h00 às 20h00, no IPJ

Show Cooking, em Faro, com o Chef Luís Parreira, dia 2, entre as 10h00 e as 12h00, na Zona Central do Mercado Municipal de Faro.


Mercado das Trocas, em Faro, dia 3, entre as 10h00 e as 13h00, no Largo da Madalena.

Em Estoi (Faro), espetáculo “Tango e Fado – Património Cultural da Humanidade”, dia 2, às 21h00, no Cinema Ossónoba.

Fado, em Portimão, com Cuca Roseta, dia 1, às 20h30, no Hotel Algarve Casino (Praia da Rocha).

Em Portimão, música em Recital de Piano com Vasco Dantas Rocha, dia 2, às 19h00, no TEMPO - Teatro de Portimão.

Em Olhão, espetáculo “L’Etoile”, pela Campagnie Les Colporteurs, dia 1, às 22h00, no Jardim Pescador Olhanense.


Festival Multicultural, em Olhão, até 3 de julho, das 18h00 à 01h00, no Jardim Pescador Olhanense.

Animação infantil, em Olhão, no Jardim Pescador Olhanense, de 2 a 21 de julho, todas as noites, das 20h00 às 23h30.

Em Tavira, Festival “Cenas na Rua”, de 1 a 17 de Julho. Conheça o programa completo aqui. A entrada é livre.

Desporto, em Tavira, no Campeonato Europeu de Optimists, de 2 a 10 de julho, nas Quatro Águas.

Em Tavira, "Música nas Igrejas", com Luís Conceição no Piano, dia 2 de julho, às 19h00, na Ermida de São Sebastião.

Cinema, em Tavira, com o filme “Camino”, de Javier Fesser. A sessão do Cineclube de Tavira é dia 30 de junho, às 21h30, no Cine Teatro António Pinheiro.

Em Lagos, performance teatral “Elementos”, pelo Projeto Teatro na Palma das Mãos do Teatro Experimental de Lagos, nos dias 1 e 2 de julho, às 22h00, no Espaço Jovem de Lagos. A entrada é gratuita.

Em Quarteira, espetáculo “L’Etoile”, pela Campagnie Les Colporteurs, dia 3, entre as 19h00 e as 22h00, na Praça do Mar. A entrada é livre.

Fado, em Monte Gordo (VRSA), com Cuca Roseta, dia 2, às 20h30, no Casino de Monte Gordo.

Música, em Albufeira, em concerto de Tony Carreira, dia 6, às 22h00, na Praça dos Pescadores. A entrada é gratuita.

Em Albufeira, exposição “Máscaras de dor, de prazer e reflexão”, de Domingos Viterbo, de 1 e 30 de julho, das 17h00 às 23h00, na Galeria de Arte Pintor Samora Barros. A Galeria encerra aos domingos e feriados.

Feira de Artesanato, em Altura (Castro Marim), de 1 a 3 de julho, no parque de estacionamento junto à praia. O certame está integrado nas festas em Honra do Coração Imaculado de Maria.

Dança, em São Brás de Alportel, com o espectáculo de Final de Ano da Escola de Dança Municipal, dia 2, às 21h30, no Jardim da Verbena.

A terminar, música, em Silves, em concertos de Ventura Duet, dia 1, às 21h00; Mo Blues Trio, dia 2, às 21h00; e Black Puzzle, dia 3, às 15h00, no Café Inglês." - Observatório do Algarve

Censos 2011: População no Algarve subiu 14% em dez anos

"O Algarve é a região do país onde se registou o maior crescimento de população (+14 por cento) entre 2001 e 2011, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, apresentados esta quinta feira. 

Albufeira foi o concelho algarvio onde se registou
maior crescimento de população (28,89%)

De acordo com os primeiros resultados do estudo demográfico, verificou-se, em Portugal, um ligeiro crescimento da população em relação a 2001. Atualmente, vivem no país 10.555.583 pessoas. 

A população residente aumentou 1,9% e a população presente 3,2%. As famílias apresentam um crescimento mais significativo, cerca de 11,6%. Lisboa e Algarve são as regiões que apresentam o número médio de pessoas por família mais baixo, com 2,4. 

Relativamente a 2001, também se verifica um elevado crescimento dos alojamentos (5,8 milhões) e dos edifícios (3,5 milhões), cerca de 16,3% e 12,4%, respetivamente. 

O maior crescimento da população e das famílias ocorreu no Algarve, onde o crescimento da população residente (14%) é superior ao da população presente (13,1%), “o que poderá demonstrar uma maior fixação de residência da população dessa região, nomeadamente por via dos fluxos migratórios”, explica o Instituto Nacional de Estatística. 

Em termos locais, Albufeira foi o concelho algarvio onde se registou maior crescimento de população (28,89%), seguido de Portimão (24,54%) e de Lagos (21,09%) 

Em sentido contrário, Alcoutim é o município do país com maior decréscimo populacional (-23,2%) nos últimos dez anos. Monchique (-13,44%) e Vila do Bispo (-1,38%) são os outros dois concelhos da região que perderam população. 

Na região algarvia, o número de alojamentos cresceu 36,9% e o de edifícios 24,9%. Nos cinco mais na variação dos alojamentos estão três municípios do Algarve, com Portimão (54,0%) e Tavira (51,5%) acima dos 50%." - Região Sul

Gastronomia Algarvia - Caracóis à Algarvia


Ingredientes:

Para 6 pessoas
  • 2 kg de caracóis;
  • sal;
  • paus de oregãos.


Confecção:

Oito dias antes de se cozinharem põem-se os caracóis dentro de um recipiente com furos e tapados com uma rede (ou com uma peneira) e dá-se-lhes farinha de trigo ou sêmeas. Durante este espaço de tempo, os caracóis eliminarão as toxinas que possam ter e a farinha ajudá-los-á a engordar.

Passado o referido tempo lavam-se os caracóis em várias águas com sal, esfregando-os. Os caracóis estão prontos quando na água não houver sinais de visco.Introduzem-se os caracóis numa panela com água fria abundante e levam-se ao lume, inicialmente fraco e aumentando progressivamente o calor para que os caracóis deitem a cabeça de fora. 

À água junta-se sal grosso, e quando os caracóis estiverem praticamente cozidos adicionam-se os paus de oregãos. As folhas dos oregãos não devem fazer parte deste tempero porque transmitem aos caracóis um sabor amargo que não é apreciado no Algarve.Os caracóis cozem durante meia hora ou, no máximo, 40 minutos. 

Comem-se bem quentes, tirando-os das conchas com um alfinete.
Há quem junte um pouco de pimenta ou de malagueta.
São geralmente comidos nas noites quentes de Verão e ao ar livre.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lagoa promove festival de jazz em espaço natural


"O festival “Lagoa Jazz 2011” vai apresentar, entre os próximos dias 1 e 3 de julho, mais um cartaz de luxo. O auditório ao ar livre do Sítio das Fontes, em Estômbar, volta assim a transformar-se num verdadeiro “paraíso do jazz”. Esta é já a nona edição do festival, que se vem impondo como um dos mais carsmáticos do género no país.
Durante três dias, o Sítio das Fontes, na vila de Estômbar, vai acolher alguns dos mais talentosos músicos de jazz.
Esta será a nona edição do “Lagoa Jazz”, que se realiza anualmente naquele espaço ao ar livre, localizado nas margens de um esteiro do rio Arade, onde se pode encontrar uma pequena lagoa, zonas agrícolas abandonadas e linhas de água. 
A organização do evento, a cargo da autarquia, adianta que o festival realiza-se num espaço natural único, privilegiado pela diversidade de ambientes paisagísticos que engloba – sapal, paul, matagal e uma pequena lagoa sazonal -, sendo um “local aprazível aonde acorrem milhares de pessoas por ano, para descoberta do património natural e desfrutar dos diversos equipamentos disponíveis, nomeadamente o Centro de Interpretação da Natureza, o anfiteatro, o moinho de maré e a área de merendas”.
Além disso, a organização destaca que a programação deste ano também é de grande qualidade, com a apresentação de projetos de grande qualidade.
Assim, esta edição do “Lagoa Jazz 2011” abre no dia 1, sexta-feira, com um espetáculo Allgarve, dos norte-americanos “Omar Hakim & Rachel Z-The Trio of Oz”.
No dia seguinte, sobe ao palco do auditório do Sítio das Fontes o grupo português “Cinco”, com Paulo de Carvalho (voz), Carlos Barreto (contrabaixista), Victor Zamora (piano), José Salgueiro (bateria) e João Moreira (trompete).
No último dia do festival atua o Quinteto do francês Daniel Mille.
Um festival de sucesso
Ao longo das últimas edições, o Lagoa Jazz tem vindo a afirmar-se como um evento musical de grande sucesso, esgotando completamente a lotação de 500 lugares do auditório nos últimos anos.
A organização adianta que os concertos estão marcados para as 22h00, mas isso impede que o público tenha acesso ao local muito antes, a partir das 19h00, para usufruir daquele espaço natural de grande beleza.
Os bilhetes para o festival custam 12 euros para o primeiro dia, e oito euros para os restantes dois dias, podendo ser adquiridos no Convento de S. José, nas horas normais de expediente, ou no local do espetáculo, depois das 19h00 dos dias 1, 2 e 3 de julho.
Os promotores do festival adiantam ainda que os visitantes terão ao seu dispor um “espaço lounge” com atuação do DJ Luís Gomes e o saxofonista Nanã Sousa Dias (depois dos concertos), bar, exposição de pintura de Carlos Barreto, exposição de esculturas “Passion” e “Elephant Tree” (projeto da autoria de Karl Heinz Stok), provas de vinho da Quinta dos Vales e venda de discos." - Jornal do Algarve

Algarve: Locais a visitar - Fonte da Benémola

Situada no barrocal algarvio, entre Querença e Tôr, a Fonte da Benémola é uma área protegida de conservação da natureza que alberga ecossistemas de grande interesse, tanto do ponto de vista geológico e paisagístico, como em termos da fauna e flora ali existente. Um espaço com 390 hectares de rara beleza, rico em espécies arbóreas e arbustivas pouco frequentes no Algarve e com uma exclusividade de animais, que impõem a necessária protecção à vida selvagem da região.


Ao longo da Ribeira da Menalva, que atravessa o sítio classificado da Fonte da Benémola, a água permite conservar uma flora abundante e diversificada, sendo visíveis freixos, salgueiros, tamargueiras e folhados, por entre os canaviais, os silvados e os loendros. Nas encostas do vale que ladeiam a ribeira, a vegetação é tipicamente mediterrânica e predominam as alfarrobeiras, aroeiras, tomilhos, alecrins, estevas, zimbros, medronheiros, rosmaninhos e carrascos. Numa zona de solo xistoso, no extremo poente da área protegida, surgem as azinheiras e alguns sobreiros.

A existência de água durante todo o ano também atrai uma grande variedade de espécies animais e, nas proximidades do curso de água, podem ver-se guarda-rios, chapins, garças, abelharucos, melros, rouxinóis, toutinegras e galinhas-de-água, a coabitar com as rãs, os pequenos peixes, os tritões, as salamandras e os cágados, que dependem do meio aquático. No entanto, o animal mais importante do sítio classificado, a lontra, raramente se avista, sendo apenas perceptíveis alguns vestígios da sua passagem. Nas cavernas que decoram o local destacam-se as duas colónias de morcegos, que aqui criaram o seu habitat e gozam o estatuto de espécie protegida.
     


Para que este espaço seja preservado foi criado um percurso pedestre especial ao longo da ribeira, com cerca de 1500 metros de extensão, que permite aos visitantes apreciar a riqueza natural deste parque. A nascente do olho, a Fonte da Benémola, os açudes e a levada são os pontos de maior interesse do percurso, que também permite uma visita à oficina de um cesteiro.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Albufeira: World Challenge Futevólei 2011

"De 1 a 3 de julho, a Praia dos Pescadores de Albufeira, serve de cenário a mais uma edição (4ª) do World Challenge Futevólei, o único torneio português integrado no mais importante circuito mundial da modalidade.


Em competição vão estar 12 equipas que juntam 24 dos melhores jogadores internacionais, em representação do Brasil, Espanha, França, Itália e Portugal.Este ano, o evento será abrilhantado com a participação de várias estrelas do futebol mundial, estando já confirmada a presença de Bruno Alves (Zenit St. Petersburgo) e Raul Meireles (Liverpool), jogadores da Seleção Nacional.O World Challenge 2011 disputa-se inicialmente numa fase de grupos de quatro equipas, que se defrontam entre si, passando depois para uma segunda fase de eliminação direta a partir dos oitavos de final. Os primeiros classificados de cada ‘poule’ passam automaticamente aos quartos de final.O início dos jogos está agendado para as 14h30 da tarde de sexta feira, 1 de julho, e às 16h30 haverá lugar para ver os ‘convidados especiais’ mostrarem as suas habilidades nos jogos VIP agendados.

A grande final está marcada para as 17h00 de domingo, dia 3." - Press Algarve Central

Pescadores da praia de Faro vão ter casa no Montenegro

"Os moradores da praia de Faro com primeira habitação podem vir a ter casa no Montenegro uma vez que o Ministério das Finanças aprovou a transferência de verbas para aquisição de 12 lotes naquela freguesia, disse à Lusa fonte municipal. 


A aprovação da transferência das verbas previstas para aquisição de 12 lotes na Freguesia de Montenegro (Faro), para o realojamento dos agregados de primeira habitação foi feita a 17 de junho pelo Ministério das Finanças, especificou a mesma fonte. 

O protocolo entre a Sociedade Polis Ria Formosa, Câmara de Faro e Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH) para realojar famílias com primeira habitação na Praia de Faro também já foi aprovado, adiantou. 

A “requalificação ribeirinha e a aquisição de terrenos – revisão orçamental”, foi um dos pontos da ordem de trabalhos votado favoravelmente esta madrugada na Assembleia Municipal de Faro. 

A bancada do PSD, CDS, PS e BE votou a favor e a CDU e o movimento cívico “Com Faro no Coração” abstiveram-se. 

Com a aprovação, em Assembleia Municipal, da requalificação ribeirinha e a aquisição de terrenos, vai avançar também a execução de um porto de abrigo para os pescadores da praia de Faro. 

O lançamento da obra do Parque Ribeirinho está em curso, prevendo-se a aquisição de três parcelas de terreno, acrescentou a autarquia de Faro. 

O "Polis Litoral Ria Formosa" é um plano estratégico de requalificação e valorização da Ria Formosa, cujo investimento total é superior a 87 milhões e é constituído por uma sociedade em que os municípios de Faro, Olhão, Loulé e Tavira participam com capital social. 

Faro, com 14 por cento do capital social, vai entrar com 3.150 milhões de euros para pagar em cinco vezes, com prazos de seis meses." - Região Sul

Algarvios ilustres - Duarte Pacheco

Ministro das Obras Públicas de Salazar, Duarte Pacheco modernizou o País. Hábil a fintar os esquemas asfixiantes do regime, reestruturou os serviços dos correios e telecomunicações e revolucionou o sistema rodoviário. Executou obras essenciais na cidade de Lisboa, como o Parque de Monsanto e o Aeroporto. Falar de Duarte Pacheco é falar, ainda, de uma nova política de habitação, planos de urbanização, ensino, cultura. É o exemplo de como a modernidade é sempre factor de progresso. Uma obra de “actualidade desconcertante”, diz Maria de Assunção Júdice, bibliotecária da Câmara Municipal de Cascais.

Com grande carácter, vontade forte e ousadia extrema, Duarte Pacheco revoluciona Portugal nas mais diversas áreas: obras públicas, transportes e comunicações, assistência, ensino e cultura. Marca de forma decisiva “não apenas a imagem da Lisboa do seu tempo mas também a do País”, refere o deputado João Soares, no livro “Evocar Duarte Pacheco no Cinquentenário da Sua Morte”. “A sua personalidade e espírito empreendedor foram marcados por uma vontade de modernidade, em contradição com as circunstâncias da época em que viveu”, acrescenta.


Duarte Pacheco nasceu em Loulé em 19 de Abril de 1900. Aos 14 anos já tinha perdido a mãe e o pai, ficando sob a tutela do irmão mais velho, Humberto Pacheco. Ao longo dos estudos demonstra sempre elevado nível de intelectualidade e em 1917 ingressa no recém-criado Instituto Superior Técnico (IST). Seis anos depois termina o curso de Engenharia Electrotécnica com a classificação de 19 valores. Pouco depois, é convidado para professor de Matemáticas Gerais no Instituto e em 1927 é nomeado director do IST. No ano seguinte foi convidado para ministro das Obras Públicas. Abandona o governo em 1936 mas voltará em 1938 a ocupar cargos políticos, aceitando ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, seguindo-se o regresso ao ministério das Obras Públicas nesse mesmo ano.

Duarte Pacheco debateu-se contra forças insondáveis e, como um velho urso, soube fintar muito bem os constrangimentos do regime. Na paz sonolenta de então, conseguiu deixar a sua marca. “É um congregador”, afirma o arquitecto José Manuel Fernandes. “É um ministro que se submete ao governo salazarista, mas que consegue uma liberdade de acção e inovação extraordinárias.” Propõe e faz. “Reorganiza o urbanismo de Lisboa, que estava desorientado, avança com auto-estradas, cidades universitárias, grandes parques da cidade, e consegue seduzir e motivar os arquitectos para fazerem o melhor possível.” Pacheco tinha algo de utópico, mas soube reunir à sua volta um núcleo de prestigiados arquitectos e engenheiros que deram forma aos projectos a que se foi dedicando.

Outro mérito de Duarte Pacheco foi “comprar terrenos para fazer Alvalade, ainda hoje considerado um dos melhores espelhos urbanísticos de Lisboa”, lembra o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles. Concretiza uma “obra pública” através do investimento em grandes espaços de território. “Hoje não se faz isso. Procura-se fazer um ‘puzzle’ de investimentos, cada um financeiramente rentável, sem ligação entre eles. E, depois, temos o caos total nas nossas cidades periféricas, o afogar da zona histórica e o abandono da agricultura.”


Portugal deve-lhe a modernização dos serviços dos correios e telecomunicações e a revolução do sistema rodoviário. Duarte Pacheco “soube aproveitar o poder de que foi investido para servir o seu país”, escreve Maria de Assunção Júdice, no livro “Evocar Duarte Pacheco no Cinquentenário da Sua Morte”.

Foi o impulsionador do grande salto qualitativo da engenharia portuguesa. O Aeroporto de Lisboa, a renovação do IST e o Parque de Monsanto também fazem dele uma referência obrigatória. “O Parque, que é hoje o pulmão da cidade de Lisboa, é concepção, execução e paixão de Duarte Pacheco”, garante João Soares.

Devoto ao trabalho, o governante tinha a missão de cuidar da cidade com dedicação, amor e disponibilidade permanente. Mas “o que resta da sua acção é mais do que isso: é o exemplo de como a modernidade é sempre factor de progresso e de como a qualidade não é incompatível com o viver na cidade”, sintetiza João Soares, no mesmo livro. Duarte Pacheco morreu num acidente de viação em 1943.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

«Semana de Artes: Multiculturalidade e Voluntariado» em Loulé

"A divisão de Gestão Social e Saúde da Câmara Municipal de Loulé está a organizar a «Semana de Artes: Multiculturalidade e Voluntariado», do Projecto ECOS, em parceria com várias instituições de solidariedade social do concelho. 


Nesta iniciativa que surge no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, destacam-se duas ações dirigidas à população em geral e aos imigrantes, minorias étnicas, população beneficiária do Rendimento Social de Inserção e população dos bairros sociais. 

«Práticas do Voluntariado» é o nome da atividade que decorre no dia 2 de julho, na alcaidaria do Castelo de Loulé, com a realização de workshops e sessões informativas sobre o voluntariado, onde serão apresentados testemunhos de voluntários. A TUALLE – Tuna Universitária Afonsina de Loulé fará ainda uma actuação para os presentes. 

Já no dia 10, a partir das 15:00 horas, no Centro Paroquial de Loulé, tem lugar a Tarde Intercultural II, onde haverá uma partilha gastronómica confeccionada pelos participantes e com a actuação de vários grupos, dança, música, entre outros. 

“Sensibilizar a população para a prática do voluntariado, informar a população para o Banco de Voluntariado de Loulé, contribuir para o conhecimento das diversas culturas residentes, promover o intercâmbio cultural e estimular a disseminação de boas práticas, através da apresentação de casos reais de testemunhos dos voluntários e beneficiários do serviço do voluntariado e a realização de um encontro entre culturas”, são os grandes objectivos desta iniciativa. 

A parceria envolve as instituições Casa da Primeira Infância, Projecto Akreditar da Fundação António Aleixo, Equipa do Rendimento Social de Inserção da Fundação António Aleixo, Associação DOINA – Associação de Imigrantes Romenos e Moldavos do Algarve, Projeto «Asas para Amanhã», APALGAR e Banco de Voluntariado de Loulé e Rede Social de Loulé." - Região Sul

Câmaras cortam festas de Verão

"As câmaras algarvias cortaram na animação de Verão, devido à difícil situação financeira que atravessam. Só quatro das autarquias que mais investem em eventos – Portimão, Albufeira, Vila Real de Santo António e Loulé – estimam uma poupança total de cerca de três milhões de euros, em comparação com 2010, ano em que já haviam reduzido.
Sasha volta a abrir, dia 22 de Julho, mas
a participação da Câmara de Portimão
é agora muito mais rigorosa
Vila Real de Santo António é, em termos percentuais, a que prevê um maior corte no investimento, na ordem dos 75% a 80%, o que significa cerca de menos 800 mil euros do que no ano passado. A redução maior é obtida pelo facto de não se realizar este ano no concelho o Torneio de Futebol do Guadiana (mudou-se para o Estádio Algarve).
Portimão, em saneamento financeiro, estima um corte de 40% a 50%, ou seja, aproximadamente menos um milhão de euros do que no ano passado.
Em Albufeira, percentualmente a redução será semelhante à de Portimão. Em termos financeiros, isso significa uma quebra no investimento entre os 400 e os 500 mil euros.
Loulé, o maior concelho da região, prevê poupar 600 mil euros, o que representa uma diminuição de cerca de 30% em relação a 2010.
Mas há mais cortes na região. Lagoa, por exemplo, vai diminuir as despesas em 30% (menos cerca de 100 mil euros), tendo decidido não realizar o Festival ‘Sons do Atlântico’." - Correio da Manhã

Terras do nosso Algarve - Loulé

Loulé é uma cidade que tem vindo a crescer tanto a nível demográfico, como a nível comercial e turistico. Com características históricas, da civilização árabe, que marcam o centro da cidade, partimos à descoberta de uma variadissíma oferta de monumentos, recantos de casas tipicas e ruelas singulares.


Apesar de não se encontrar à beira-mar, a sua oferta de praias é alargada às suas freguesias de onde surgem os mais famosos empreendimentos turísticos do Algarve. Mas a serra algarvia é um monumento por si só e não se pode deixar de testemunhar todo o seu encantamento, sobretudo na época das amendoeiras em flor.As delicias gastronómicas são um desafio que não se pode recusar, as melhores iguarias esperam por nós.

História e Monumentos
A origem de Loulé remonta ao Paleolítico Antigo e Neolítico, como comprovam achados arqueológicos. A passagem de Fenícios e Cartagineses foi registada pela fundação de feitorias na orla marítima do concelho e pelo desenvolvimento das atividades piscatória, metalúrgica e comércio.
Em meados do século II a. C., os Romanos foram responsáveis pelo desenvolvimento da indústria conserveira, da exploração mineira de cobre e ferro e da agricultura. As provas arqueológicas da passagem dos Romanos por Loulé são a ara consagrada à deusa Diana, duas pontes que atravessavam Álamo e Tôr e as necrópoles.No século V, o concelho foi dominado pelos Suevos, Vândalos, Asdingos, Visigodos e, mais tarde, no século VIII, pelos Muçulmanos. O nome Loulé provém do árabe "Al´-Ulyã".
Em 1249, D. Afonso III, com a ajuda de D. Paio Peres Correia, cavaleiro e mestre da Ordem de Sant'Iago, conquistou o Castelo de Loulé aos Mouros e, em 1266, concedeu-lhe o primeiro foral.


Do ponto de vista arquitetónico e monumental, são de destacar:

- o Castelo de Loulé, do qual ainda subsistem alguns panos de muralhas e uma torre; 
- a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, que é um edifício da segunda metade do século XVII;
 - a Igreja da Graça, datada do século XIV, em estilo gótico; 
- a Igreja da Misericórdia de Loulé, que é um edifício do século XVI, com um portal manuelino de tipo radiado e que alberga duas imagens do século XVI, uma delas em alabastro proveniente do antigo Convento da Graça; 
- a Igreja de São Clemente, matriz de Loulé, que é datada dos séculos XIII e XVI, em estilo gótico, e que possui uma torre sineira proveniente da adaptação de um minarete muçulmano (local de chamada dos fiéis à oração), com decoração terminal barroca; 
- a Igreja de São Lourenço de Almancil, datada dos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco;
- as ruínas romanas do Cerro da Vila, que apresenta vários vestígios de ocupação, desde o século I a. C. ao século XI d. C., referentes aos períodos romano, visigótico e árabe;
- o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, que data do século XVI e possui uma imagem de Nossa Senhora do século XV e azulejos do século XVII;
- o Museu Municipal de Arqueologia de Loulé, que está instalado em duas antigas dependências da Alcaidaria, que remontam ao século XIV, adossadas internamente à muralha.


domingo, 26 de junho de 2011

Lendas Algarvias - As Mouras do Rio Seco

Muito próximo de Faro existe o leito de um rio, o rio Seco, como lhe chamam as gentes, que é tido e havido como a principal sede de mouros e mouras encantados nos arredores daquela cidade. 

No tempo da conquista do Algarve, porém, ainda esse rio corria manso para o oceano, possibilitando a sua utilização plena pelos mouros da região, que, logicamente, o usaram para os seus encantamentos, como vamos ver. 

Numa noite de Primavera, dias depois da tomada de Faro, passava um cristão muito perto do hoje chamado rio Seco, quando ouviu umas vozes tristes, num tom manso de quem deseja não ser ouvido. 

Era meia-noite e o homem teve medo. 
Parou para não fazer restolhada e denunciar-se, e pôs-se à escuta. Daí a nada apercebeu-se que eram dois mouros, um velho e uma rapariga. 

Esta estava de joelhos e parecia suplicar qualquer coisa. E ouviu então, distintamente, a voz angustiada do velho dizer: 
- Não pode ser, minha filha, não pode ser .. Tens de ficar aqui encantada! 

- Mas por muito tempo, pai? - perguntava a rapariga com uma voz que se pressentia entrecortada de lágrimas. 


- Até que esta nora, onde mandei construir o teu palácio, seja esgotada a baldes, sucessivamente e sem intervalos. 

E ao mesmo tempo que dizia isto fez uns sinais cabalísticos sobre a cabeça da filha, olhando a lua que corria os céus deixando aqui e ali uma poalha fria e brilhante. 
E a moça, sem mais palavra, sem um ai sequer, deixou-se lançar ao fundo da nora. Tão concentrado estava o cristão no que se passava na nora, tentando perceber bem o que acontecia à moura, que nem deu pelo afastamento do velho. 
Por isso, quando quis segui-lo, não o viu nem conseguiu determinar qual a direcção que seguira. 

Na manhã seguinte, a primeira coisa que o cristão fez foi voltar ao local da cena da noite anterior. 
Viu então que a nora era já um engenho velho e usado, com ar de abandonado há muito. 
Tratou de saber a quem pertencia engenho e terreno e comprou-os sem regatear preço. 
Mandou construir, mesmo ao lado, uma cabana de junco e mobilou-a com alguns móveis. 
Passado o tempo necessário aos preparativos, o homem começou a tirar a água da nora, com o auxílio de um grande balde e de um sistema de roldanas. 

Trabalhou naquela faina dia e noite, horas infindas, sem parar. 
E quando a água do fundo era tão pouca que nem dava já para encher um balde, desceu pela corda até lá abaixo. 
Porém, assim que assentou os pés no fundo, apareceu-lhe uma enorme serpente, vinda de um buraco que comunicava para a nora. 

Ficou tão aterrado, tão cheio de um pânico sem nome, que nem tratou de saber as intenções do bicho e subiu precipitadamente pela corda, fugindo a sete pés. 
Nunca mais lá tornou, mas, dias depois, soube que a nora estava completamente entupida devido à derrocada das paredes, e que a cabana por ele construída fora queimada inexplicavelmente, em certa noite de luar. 

Daí em diante, até hoje, fala-se no aparecimento de uma moura encantada naquele lugar do rio Seco.

sábado, 25 de junho de 2011

Vilamoura: Baixa requalificada para diminuir risco de acidentes

"A baixa de Vilamoura, onde em agosto circulam diariamente mais de 30 mil pessoas, está a ser requalificada para diminuir o risco de acidentes com peões. Capacidade do espaço é para 500 carros mas circulam mais de 1500.

A intervenção, orçada em 1,3 milhões de euros, estará totalmente concluída ainda em junho e inclui o alargamento da área para a circulação de peões, a criação de uma ciclovia e a colocação de guias para invisuais, disse à Lusa o responsável pela gestão dos espaços públicos do empreendimento.

O percurso requalificado estende-se por 1,5 quilómetros e corresponde ao anel que envolve a marina e a maioria dos hotéis de Vilamoura, explicou à Lusa o presidente do Conselho de Administração da Inframoura, Nuno Sancho Ramos.

Além dos milhares de peões, em agosto chegam a circular por hora na baixa de Vilamoura cerca de 1.500 carros, mas estudos encomendados pela empresa indicam que a capacidade daquele espaço é de apenas 500 carros por hora.


O risco de acidentes e atropelamentos gerados por esse movimento levaram a Inframoura a lançar um novo conceito de mobilidade, "ao nível do que se faz noutros países da Europa", refere Nuno Ramos.
Nesse sentido, o passeio e a estrada foram nivelados segundo a mesma cota e as duas faixas de circulação automóvel que existiam no percurso foram convertidas em apenas uma, para evitar ultrapassagens e obter espaço para peões e ciclistas.

A aproximação à passadeira passou também a ser percetível aos invisuais por ter um pavimento diferente e a maior parte da calçada dos passeios foi substituída por um piso mais confortável, igual ao dos "courts" de ténis, precisa.

Para evitar que os residentes e turistas que ali passam férias levem os carros para o centro, a Inframoura vai também implementar à noite e a partir de 1 de julho três carreiras de transporte urbano para servir toda a zona residencial.

No próximo ano também a Marina de Vilamoura começará a ganhar uma nova face, com a requalificação do seu anteporto, que inclui um complexo de edifícios com lojas, restaurantes, apoio aos estaleiros e a nova sede da Lusort, que gere a marina.

O projeto, encomendado por aquela empresa e elaborado pela Broadway Malyan, inclui um conjunto de palas onduladas, que cobrirá a maioria dos edifícios.

O futuro anteporto irá acrescentar mais pontos de amarração, para barcos de maior porte, aos cerca de mil já existentes na Marina de Vilamoura, a maior do país." - Observatório do Algarve

Praias do nosso Algarve - Praia da Amoreira

É um caso raro em que se pode optar entre banhos de rio (ou, mais precisamente, nas águas da foz da Ribeira de Aljezur) ou umas braçadas no mar. Situada a cerca de oito quilómetros da entrada norte daquela vila algarvia (também ela a merecer uma visita), a praia da Amoreira reúne o melhor de dois mundos: a praia marítima propriamente dita e a ribeira afluente - uma extensa lagoa que na maré baixa cria pequenas "piscinas naturais", um espaço de praia que faz naturalmente as delícias das crianças. 



Integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a praia da Amoreira beneficia, também na paisagem natural, dessa confluência fluvial e marítima - os tons de verde dominam a encosta sul, em contraponto às falésias que recortam a praia a norte. Por detrás do extenso areal, outra paisagem que vai rareando: dunas. 



Com acesso feito através de passadiços de madeira (no caso de entrar a norte, prepare-se para uma bela caminhada), a Amoreira é cada vez mais procurada por praticantes de surf e bodyboard.




Como Chegar: Em Aljezur, junto ao Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, encontra um desvio com a indicação para a Praia da Amoreira. O caminho para a praia, ao longo de 8 Km, é alcatroado.

Infraestruturas de Apoio: bar, telefone, parque de estacionamento, escadas e passadiço de acesso em madeira / Praia Vigiada durante a época balnear.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Monumentos e Património do nosso Algarve - Castelo de Tavira

A fundação da cidade algarvia de Tavira remonta a um tempo pré-romano, de possível ocupação fenícia ou cartaginesa. Devido à sua localização nas margens do Rio Asseca e nas proximidades da orla marítima algarvia, Tavira revelou-se um importante porto marítimo, ao mesmo tempo que se constituía como importante ponto estratégico de defesa.
Balsa, assim se denominava Tavira durante a ocupação romana, cresceu em importância estratégica, já que os Romanos edificaram aqui uma ponte que estabelecia a ligação de uma das suas vias militares no Sul da Península. Apesar de não perdurarem vestígios materiais desta época, é provável que Tavira conhecesse já uma fortaleza bem dimensionada.

As invasões bárbaras e, posteriormente, muçulmana alteraram a sua configuração e também a denominação, dado que o topónimo Tavira é um legado de origem árabe.

                    

Assediada pelas tropas cristãs, Tavira é conquistada em 1242 por D. Paio Peres Correia, vindo a ser doada, dois anos mais tarde, por D. Sancho II à Ordem de Sant'Iago da Espada. Se D. Afonso III lhe concede foral em 1266, o primeiro outorgado a uma vila algarvia, D. Dinis amplia, em 1303, os privilégios contidos nessa carta régia. Reconhecendo o seu crescimento e desenvolvimento sócio-económico, D. Manuel I eleva-a à categoria de cidade em 1520, vindo os seus sucessores a confirmar os seus privilégios em diversos diplomas régios.

Ao mesmo tempo que Tavira se afirma no mapa do Algarve, também o seu castelo medieval passa por uma acentuada metamorfose. Tributário da fortificação muçulmana, o castelo de Tavira é, presentemente, uma ruína. Com efeito, as forças da natureza danificaram-no gravemente durante o terramoto de 1755, para, mais tarde, os homens procederem ao desmantelamento de grande parte do seu perímetro defensivo.


Ainda assim, o que dele subsiste remete, essencialmente, para uma reforma gótica do tempo de D. Dinis, datada de 1292, como nos elucida uma lápide comemorativa. Nesse restauro do século XIII, a sua cerca seria ampliada, ao mesmo tempo que se erguia a robusta e altiva Torre de Menagem. Em 1475, esta edificação ameaçava ruína, pelo que se procedeu a novo restauro. Posteriormente, em 1641, D. João IV mandou adaptá-la aos tempos modernos da pirobalística, introduzindo-lhe modificações estruturais que a reforçaram e lhe conferiram um carácter construtivo menos medieval.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Festival multicultural anima Ria Formosa

"O Jardim do Pescador, em Olhão, volta a ser palco do festival multicultural ‘Olhares’, que decorre entre os dias 30 de Junho e 3 de Julho.


O evento pretende quebrar preconceitos sobre as culturas imigrantes, apostando em várias propostas no âmbito da música, dança, artesanato, teatro, gastronomia e exposições , marcadas pelos diferentes povos representados no festival .
O primeiro dia tem início marcado para as 19h00, com a actuação da Orquestra de Ritmo do Algarve, seguida dos grupos Splash, Las Niñas, Folclore da Associação Doina e a terminar a noite, a banda Amar Guitarra (na foto).
No dia 1 de Julho, às 18h00, na Recreativa Olhanense, sobe ao palco a peça de teatro ‘Os Olhanenses’, seguindo-se actuações de capoeira, música cigana, dança africana e flamenco e, a terminar, o espectáculo da Banda Atlântica.
No dia 2, a peça de teatro em palco é ‘A Minha Camisola Vale Mais Que a Tua’, decorrendo posteriormente uma aula de ioga e as actuações de Afromania, Batucadeira, a dança oriental de Akhawat Al Raks e dos brasileiros Ginga Show, encerrando a noite os Rio Beat.
No último dia, actua o grupo Jazzària e o Rancho Folclórico de Moncarapacho, encerrando o evento com os Celina Piedade. A entrada é livre." - Correio da Manhã