quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Gastronomia Algarvia - Cozido de Repolho à Algarvia

Ingredientes:
Para 4 pessoas

600 grs de repolho ;
320 grs de feijão vermelho ou de manteiga ;
150 grs de morcela (chouriço de sangue) ;
150 grs de chouriço vermelho ;
150 grs de toucinho entremeado ;
400 grs de entrecosto ;
150 grs de batata doce ;
150 grs de batatas ;
300 grs de pão ;
1 quarto de ramo hortelã ;
sal q.b.


Confecção:

Num recipiente ponha o feijão a demolhar em água fria com uma antecedência de 12 horas, em relação à sua utilização.
Depois de demolhado, lave-o e ponha a cozer, num tacho, em água fria, juntamente com os chouriços, o toucinho e o entrecosto inteiros.
Depois de as carnes estarem cozidas rectifique os temperos.
Retire as carnes para uma travessa e deixe o feijão continuar a cozer.
Lave o repolho em água fria e corte grosseiramente. Descasque as batatas, lave-as em água fria e corte em dados grossos.
Junte o repolho e as batatas ao feijão.
Quando tudo estiver bem cozido, escorra o caldo da cozedura para um tacho.
Corte o pão, de preferência caseiro, em fatias finas e distribua pelos pratos. Coloque um raminho de hortelã em cada prato, sobre o pão.
Leve o tacho com o caldo da cozedura ao lume e deixe ferver. Regue o pão com o caldo a ferver.
Corte as carnes em pedaços pequenos e sirva com o cozido.

Conselho: O feijão a utilizar deverá ser, de preferência, feijão novo. Aconselha-se o uso de carnes e enchidos do tipo caseiro.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Algarve com água garantida durante três anos mesmo sem chuva

O abastecimento de água ao Algarve está garantido para os próximos três anos, mesmo que não chova durante todo esse período, garantiu hoje a empresa Águas do Algarve, sublinhando que todas as barragens estão a mais de 65 por cento.

Barragem de Odelouca

«Se por hipótese absurda não cair uma gota de água no Algarve inteiro durante três anos consecutivos, o abastecimento está garantido», disse à Lusa o presidente da empresa, Artur Ribeiro.

Na segunda-feira, a barragem de Odelouca estava a 65% da sua capacidade máxima, Bravura a 81,6%, Funcho a 34,2%, Odeleite a 78,5% e Beliche a 70,1%.

O presidente da Águas do Algarve observou que, além dos 282 milhões de metros cúbicos atualmente existentes nessas cinco grandes barragens, que garantem o abastecimento público e rega para agricultura, a empresa tem ainda autorização para captar 15,8 milhões por ano do grande aquífero subterrâneo Querença/Silves, que se encontra praticamente no máximo da sua capacidade.

«No total temos a possibilidade de utilizar 329 milhões de metros cúbicos nos próximos três anos», contabilizou, adiantando que o consumo para abastecimento público dos últimos três anos contabilizou 203 milhões, correspondendo mais cerca de 100 milhões à agricultura.

No ano de 2009, o Algarve consumiu 71 milhões de metros cúbicos, em 2010 gastou 67 milhões e no ano passado 65 milhões.

Segundo Artur Ribeiro, esta previsibilidade só é possível porque, desde a última seca, no biénio 2004/2005, «a empresa fez o trabalho de casa».

Parte desse trabalho consubstancia-se na construção de uma estação elevatória reversível, na zona central do Algarve, que permite a passagem de 600 litros de água por segundo entre o sistema composto pelas três barragens do barlavento (oeste) e o sistema Odeleite/Funcho, no sotavento (este).

De acordo com o mesmo responsável, as duas outras vertentes do «trabalho de casa» da empresa foram a construção de grandes captações de água para o aquífero Querença/Silves, nas povoações de Vale da Vila e de Benacite, ambas no concelho de Silves, e a construção da grande barragem de Odelouca.

«Sem Odelouca, hoje estaríamos com um problema grave», sustentou, garantindo que os atuais 102 milhões de metros cúbicos face à capacidade máxima de 157 milhões (65%) «poderiam ser mais se não tivesse sido deitada água à ribeira nas várias fases de enchimento».

A barragem de Odelouca, cujo primeiro projeto data de 1977, começou a ser construída em 2001, mas a obra parou em 2003 devido a uma queixa de organizações ambientalistas em Bruxelas contra o Estado português e, mais tarde, devido a um contencioso entre a construtora e o Estado.

A gestão da barragem, inicialmente a cargo do INAG (Instituto da Água), foi entregue à Águas do Algarve em dezembro de 2006 e as obras recomeçaram em fevereiro de 2007, ficando concluídas em finais de 2010.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Projeto-piloto da aldeia de Querença vem à Universidade do Algarve

"O projeto «Da Teoria à Acão – Empreender o Mundo Rural», que está a decorrer na aldeia de Querença, vai estar na Universidade do Algarve (UAlg), amanhã, terça-feira, 28, a partir das 15:00 horas, para um balanço das atividades realizadas até agora e perspetivas futuras. 



António Covas, professor da Universidade do Algarve e coordenador geral do projeto, apresentará a rede nacional de territórios «Com Querença». Também João Ministro, coordenador operacional do projeto, fará um balanço de todas as atividades desenvolvidas. 

A engenheira biológica Dulce Almeida vai ainda abordar a questão da inovação ao serviço do mundo rural, apresentando o exemplo concreto de uma nova barra energética, composta por produtos do pomar de sequeiro algarvio, desenvolvida pelo «Projeto Querença». 

A sessão de encerramento desta iniciativa, a realizar no auditório verde da Faculdade de Ciências e Tecnologia, no campus de Gambelas, será presidida pelo reitor da UAlg, João Guerreiro. 

Desenvolvido pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro em parceria com a Universidade do Algarve e a Câmara Municipal de Loulé, o projeto pretende aproximar jovens universitários do interior da região para desenvolver atividades economicamente viáveis em torno dos recursos naturais e culturais. 

A iniciativa tem como grande objetivo a dinamização da aldeia de Querença, dos pontos de vista económico, sociocultural e ambiental. Para tal, nove jovens, de áreas de formação distintas, foram selecionados para residir nove meses nesta aldeia, durante os quais desenvolverão projetos articulados entre si.

Fonte: Região Sul


Arranque de candidaturas ao PRODER para zonas do interior dos seis concelhos do Algarve Central

O dia 5 de março marca o arranque das candidaturas ao PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural para as zonas localizadas no interior dos seis concelhos do Algarve Central, iniciativa que visa promover uma estratégia de dinamização nas zonas rurais. 

ProDer

No período de candidatura a todas as ações do sub-programa 3 do PRODER, as instituições interessadas poderão apresentar candidaturas em diferentes áreas, entre as quais diversificação de atividades na exploração agrícola; criação e desenvolvimento de microempresas; desenvolvimento de atividades turísticas e de lazer; conservação e valorização de património rural; e serviços básicos para a população local. 

Os principais objetivos desta medida passam por promover a diversificação da economia para atividades não agrícolas e aumentar o emprego nas zonas rurais, de acordo com uma estratégia definida para territórios locais. 

Através de uma intervenção específica nessas zonas, que contribua para o desenvolvimento de atividades económicas criadoras de riqueza, procura-se fixar população e aproveitar recursos endógenos transformando-os em fatores de competitividade. 

Esta intervenção terá em atenção a existência de outros instrumentos de política com incidência no mesmo território e far-se-á de acordo com uma estratégia de desenvolvimento local (EDL), elaborada pelos agentes locais organizados em parceria (Grupo de Ação Local). 

O projeto Algarve Central integra os concelhos de Albufeira, Faro, Olhão, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira. Mais informações no sítio http://www.proder.pt.

Fonte: Região Sul

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Terras do nosso Algarve - Aljezur

Extenso rectângulo limitado pelo mar e pela serra, o concelho de Aljezur reflecte, nas suas paisagens, esta dupla influência. Se a orla marítima é marcada pelas altas falésias onde se aninham areais e dunas, o interior é uma sucessão de horizontes cobertos de vegetação. Entre ambos fica uma vasta faixa de vales e charnecas férteis, onde se mantém a tradição do cultivo de frescas hortas, da batata-doce e do amendoim.


Percorrer o concelho de Aljezur é, assim, a oportunidade de recuperar a tranquilidade, de reencontrar o silêncio cortado pelo canto das aves e a melodia das ondas embatendo nas rochas. De apreciar paisagens com o mar como horizonte, campos verdejantes, colinas rescendendo aos perfumes da natureza e coloridas flores silvestres. 

Vila de Aljezur 
No alto do morro, as muralhas do castelo, símbolo das lutas entre mouros e cristãos. Na colina, a quase cascata do alvo casario descendo em direcção à ribeira. Aspectos de Aljezur, vila secular que soube encontrar, na planície em frente, a sua expansão e o seu futuro.



Aljezur é uma vila pequena e tranquila, dominada por um castelo mouro do século X. Está dividida em duas partes e jaz num vale fértil cujos campos formam uma manta de retalhos de várias colheitas agrícolas. 

A partir de Aljezur, podem explorar-se as maravilhosas praias da costa ocidental do Algarve: banhadas pelo Atlântico, oferecem muitas vezes um cenário selvagem e desértico em contraste com os areais mais quentes do Sul. As praias de Arrifana e de Monte Clérigo, de areia fina e rodeadas de penhascos, tornam-se facilmente acessíveis pela estrada mesmo a sul de Aljezur; mais a norte, na fronteira com o Alentejo, a praia de Odeceixe, perto da vila da qual tomou o nome, é abrigada, com o rio Odeceixe a entrar no mar, e uma das preferidas dos praticantes de surf. 

Esta zona mantém ainda uma autenticidade e costumes populares difíceis de encontrar num local à beira mar, conjugando um muito desejado cenário de praia com um bucólico e contemplativo cenário de campo.


Castelo
Erguido sobre um morro sobranceiro à ribeira, com ocupação humana que remonta à Idade do Ferro, assegurava o controlo do porto fluvial que estabelecia ligação com o mar e a defesa da população dos ataques inimigos.
Construído durante o período árabe (séc. X), é um vasto espaço muralhado a que duas torres – uma redonda e outra quadrada – reforçam as defesas. Muito danificado pelo terramoto de 1755. No interior, uma cisterna de forma cúbica coberta por abóbada. As suas muralhas proporcionam amplos panoramas.

Pelourinho
Reconstruído a partir de elementos do séc. XVI.

Igreja da Misericórdia
Reconstruída no séc. XVI, sofreu trabalhos de reconstrução após o terramoto de 1755. Recentemente, foi objecto de importantes obras de conservação interior e exterior. Portal em estilo renascença. Interior singelo. Interessantes bandeiras e mesa da irmandade.

Igreja Matriz
Construção do final do séc. XVIII, origem do núcleo urbano de Igreja Nova. Interior de três naves, com imponente altar-mor. Valiosa imagem de Nossa Senhora da Alva (séc. XVIII) ladeada por duas imagens do séc. XVII, provavelmente provenientes da antiga igreja matriz destruída em 1755. Capelas laterais com retábulos dos sécs. XVII/XVIII, oriundas do antigo convento de Nossa Senhora do Desterro, em Monchique. Pia baptismal manuelina (séc. XVI). Na sacristia, crucifixos dos sécs. XVIII/XIX. Do tesouro sacro faz parte um cofre eucarístico com incrustações de madrepérola e um cálice gótico, a que se adapta um ostensório do séc. XVII.


Casa Museu José Cercas
Quadros e desenhos do pintor José Cercas, natural de Aljezur, e de outros artistas nacionais, mobiliário, arte sacra, faianças. o pequeno jardim é um excelente miradouro do castelo, da várzea e da vila.

Museu Municipal de Aljezur
Instalado no edifício dos antigos Paços do Concelho. Achados arqueológicos traçam a história da presença humana no concelho de Aljezur do período mirense (7.000 a.C.) à Idade do Bronze e à ocupação muçulmana.
Anexa, a Galeria Municipal de Aljezur, com exposições temporárias de arte.

Centro Histórico
Nos arruamentos que acompanham o declive da elevação onde se ergue o castelo, casas características da arquitectura rural algarvia, em que platibandas e vãos de janela coloridos realçam as fachadas brancas. Na base do cego do castelo, a Fonte das Mentiras, associada à lenda de uma bela moura e à conquista da fortaleza.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

À Descoberta do Algarve Rural - Pela Serra de Monchique

Neste percurso pela Serra de Monchique, a “Sintra do Algarve”, os cenários são de água e vegetação luxuriante. Fontes e ribeiras descobrem-se a cada recanto, num jogo de sombra e luz por entre pinheiros, medronheiros e castanheiros. Redescobrimos as termas e descansamos junto a árvores seculares. Sabe bem um piquenique em família, abrigados num verde florido, escutando os sons da água que se misturam com o canto das aves. Deliciamo-nos com os sabores da serra e da terra: enchidos, mel e medronho.
Vamos por picos e montes que nos conduzem a vales acolhedores e de uma exuberante beleza florística: Camélias e Acácias ou a Rosa albardeira. Com os seus 902 m, impõe-se a Fóia, um impressionante miradouro natural com vista para o Algarve e Alentejo num horizonte de mar e serra.



1º Troço: Caldas de Monchique - Alferce

Saindo de Portimão ou Silves e subindo em direcção a Monchique, depois de uma curva, surpreende-nos o verde a descansar numa colina pontilhada pelo colorido das casas. Chegamos às Caldas de Monchique.
A identidade desta povoação está intimamente associada à riqueza das suas águas e às suas propriedades curativas. Já em 1495 D. João II veio cá aos banhos para recuperar da sua doença. 
Ligado a este património termo-mineral está o Complexo das Termas de Monchique (1) que actualmente tem não só uma oferta turística de saúde mas também de bem-estar e beleza. São os “SPAs”, a completar a oferta tradicionalmente centrada nos problemas digestivos, ósseos ou respiratórios. 
Para o tratamento de várias doenças ou simplesmente para umas férias relaxantes, o Complexo Natural das Caldas (2) oferece um cenário de água e vegetação deslumbrante. Fontes, ribeiras e regatos descobrem-se a cada recanto, num jogo de sombra e luz onde o verde domina. Plantas raras e árvores seculares, pinheiros, medronheiros, camélias e acácias, surgem pelos caminhos e trilhos que convidam a passeios calmos ou a piqueniques em família, num contacto revitalizante com a natureza. 
Nas Caldas, aconselhamos um passeio até à Fonte dos Amores (3) situada num parque de merendas à sombra de eucaliptos ancestrais. Aprecie o complexo arquitectónico que é de uma enorme beleza, fazendo lembrar-nos outra serra. É que Monchique é conhecida como a “Sintra” do Algarve. Do património cultural local destaca-se a Ermida das Caldas (4). 

Fonte dos Amores

2º Troço: Alferce - Monchique

Saímos das Caldas de Monchique em direcção a Monchique e logo à entrada da vila viramos à direita na EN 267 para Alferce. Nesta estrada podemos subir ao cerro da Picota. Com os seus 774 m, este é um dos pontos mais altos e escarpados da Serra de Monchique, sendo de visitar o Miradouro da Picota (5). Ficamos deslumbrados com a maravilhosa vista sobre a serra. Regressamos à EN 267 e surpreende-nos uma árvore monumental, o Carvalho das Canárias ou de Monchique - Quercus canariensis (6).
Mais à frente, numa colina que se eleva por entre campos de oliveiras, encontramos uma aldeia rural de casas caiadas e flores às portas. Segundo se pensa, o nome Alferce deriva de alfaraç (cavaleiro) e pode estar relacionado com a presença muçulmana no Castelo da Pedra Branca ou Castelo de Mouros (7) onde existem vestígios do que poderá ter sido uma guarda avançada da capital Silves. Nesta aldeia é de visitar a Igreja Matriz (8) de nave única e capela-mor rectangular. Dedicada a S. Romão, a igreja terá sido construída nos finais do séc. XV e renovada em 1578, data esta inscrita no fecho do arco triunfal. De realçar, ainda, a primitiva imagem do padroeiro em pedra, a cobertura da capela-mor, o seu retábulo em talha e a porta ogival. Os testemunhos materiais visíveis nesta igreja situam Alferce no final do séc. XV. De facto, no período de Quinhentos, houve um movimento de emancipação criando-se novas freguesias e Alferce parece ter sido um dos resultados desse movimento. 
Antes de sair da aldeia podemos apreciar os bordados, um trabalho que tem sido desenvolvido por diversos entusiastas e onde este saber-fazer ainda se encontra bem presente. 
Dirigimo-nos ao Barranco do Demo (9) onde existe uma garganta cujas águas vão desaguar à Ribeira de Monchique numa paisagem de rara beleza com vista para os contrafortes da Serra de Monchique. A águia de Bonelli, ex-libris da avifauna do sul de Portugal e da Europa, apesar da sua raridade, está em crescimento nesta zona do sudoeste. Nidifica nos eucaliptos de grande porte, enquanto mais a norte prefere as vertentes rochosas. O lince ibérico, o felino mais ameaçado da Europa, também vive nos matos baixos e cerrados desta zona. 

Alferce

3º Troço: Monchique - Fóia

Tomamos a estrada para Monchique e chegamos à vila. Monchique localiza-se entre dois maciços, o da Fóia e o da Picota, no coração da serra de Monchique. Começamos por visitar a Igreja Matriz (10). Foi edificada nos sécs. XV/XVI mas ficou bastante destruída por altura do terramoto de 1755. Posteriormente, veio a sofrer uma profunda remodelação e foi classificada como um Imóvel de Interesse Público. Quando entramos nesta igreja temos uma sensação de abertura e leveza, talvez pelas suas três naves serem tão amplas... Estas são separadas por harmoniosas arcadas de volta perfeita, onde os capitéis das colunas repetem o tema decorativo do portal principal. Os elementos mais relevantes são os seus dois pórticos, belos exemplares do estilo Manuelino. Podemos apreciar sete retábulos e a imagem da N. Sra. da Conceição atribuída ao escultor Machado de Castro, um belo exemplar também do período Manuelino. A salientar a Capela do Santíssimo, com uma abóbada Manuelina revestida com azulejos do séc. XVII e os quatro painéis de alminhas. O Núcleo de Arte Sacra (11), no edifício da Igreja Matriz, reúne o espólio da freguesia que entretanto foi alvo de uma recuperação por parte de especialistas. A Igreja de São Sebastião (12) é a próxima paragem onde destacamos as colunas fantasiosas que integram o retábulo do altar e a imagem da N. Sra. do Desterro datada do séc. XVII. Na Igreja da Misericórdia (13), possivelmente anterior ao séc. XVI, o realce vai para o altar, o púlpito e o baldaquino. A não perder a exposição dos painéis utilizados nas procissões e duas telas do séc. XVIII. A Ermida do Sr. dos Passos (14) é um exemplo de simplicidade. Tem um só altar e uma imagem de Cristo em tamanho natural.
Ainda na vila, não nos escapa o seu património natural representado pelas árvores monumentais, como a Araucária de Norfolk - Araucaria heterophylla - (15). Uma encontra-se junto ao Largo dos Chorões e a outra na Quinta do Viador. Estes são alguns dos espécimes do concelho de Monchique classificados como árvores monumentais, pela sua idade, porte ou raridade. 
Antes de sair da vila é de espreitar os produtos locais desta região. Visite a Casa dos Arcos (16) onde poderá adquirir o artesanato mais popular da zona. Trata-se do trabalho do “Homem das cadeiras de tesoura”. Os trabalhos em barro e peças de cerâmica estão em mostra e venda na Casa da Nogueira (17). Muitas mulheres dedicavam-se à confecção de artigos em linho. Actualmente esta actividade está em declínio porque os mais jovens não se revêem nestes ofícios tradicionais. O mel da serra de Monchique é um néctar multifloral de sabor suave. A famosa aguardente de medronho, do não menos famoso fruto do medronheiro - Arbutus unedo -, é um dos ex-libris da zona. Fruto de um saber ancestral, no início do ano, é ver o fumo a sair dos telhados das casas, sinal de que a “destila” está no auge. Por fim, os famosos enchidos, outro dos produtos emblemáticos, dão direito a uma feira anual. O mólho, a farinheira de milho, a morcela de farinha e a chouriça servem também de ingredientes a pratos da gastronomia monchiquense, que valem a pena apreciar pela sua riqueza e diversidade: feijão ou grão com arroz, feijão com couve, couve à Monchique, assadura, papas de milho em caldo mouro. 
Vamos conhecer um pouco melhor os arredores da vila. O Convento de N. Sra. do Desterro (18), fundado em 1631 encontra-se em ruínas. Mas esta rota tem valor pois aqui podemos apreciar a Magnólia - Magnolia grandiflora - (19), presumindo-se que esta é a mais alta árvore da sua espécie em Portugal. Daqui desfrutamos de belos panoramas sobre a vila e a encosta da Picota, um dos poucos locais onde se observam resquícios da vegetação autóctone. Estamos num ambiente natural privilegiado, pois grande parte desta serra foi proposta para ser incluída na rede ecológica europeia Natura 2000. 

Monchique

4º Troço: Fóia - Marmelete

Saímos de Monchique e subimos em direcção à Fóia defrontando-nos com um panorama de mar e serra. A Fóia, com os seus 902 metros, é o ponto mais alto a sul do Rio Tejo. Este é um verdadeiro e impressionante miradouro para o Algarve e Alentejo, com uma vista que vai de Vila Nova de Milfontes até Albufeira! A norte observam-se ainda as ruínas do casario da aldeia de Barbelote e um magnífico conjunto de socalcos a lembrar tempos de grande actividade agrícola. Todo este complexo montanhoso funciona como uma barreira aos ventos atlânticos carregados de humidade que, ao colidirem com ele, precipitam e permitem o desenvolvimento de tão exuberante beleza florística. Espécies únicas como a Adelfeira - Rhododendrum ponticum - ocorrem nestas particulares condições, ou o Azevinho - Ilex aquifolium - que a sul só faz a sua aparição nesta serra, ou ainda a Euphorbia monchiquensis uma planta endémica e a tão comum Rosa albardeira - Paeonia broteroi.
Da Fóia propomos que se regresse a Monchique para depois seguir em direcção a Peso, até chegarmos ao Barranco dos Pisões (20) onde a água é o tema dominante ao longo do ano. Encontramo-nos então rodeados de freixos, amieiros, choupos e outras árvores, bem como de um Plátano - Platanus hybrida - (21), classificado como árvore monumental de Portugal. 
Daqui, percorrendo a estrada que passa por detrás da Fóia, chegamos a Marmelete, pequena localidade onde é de visitar a Igreja Matriz (22) situada no centro da aldeia e que tem como padroeira a N. Sra. da Conceição. Para terminar o percurso, seguimos até uma pequena elevação perto da aldeia a fim de visitar a Ermida de Sto. António (23) e desfrutar da bela vista sobre o casario e o mar. 

Barranco dos Pisões

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dicas para o fim de semana no nosso Algarve

Atletismo, Btt e downhill no desporto, fado, jazz, música erudita e concertos intimistas, musical infantil, baile e palestras sobre diversos assuntos e feira de stocks, nas sugestões destas dicas. 


Atletismo, em Albufeira, com o 35.º Cross Internacional das Amendoeiras em Flor que se disputa na pista de cross da Aldeia das Açoteias no dia 26 de fevereiro a partir das 10h00.




Também em Albufeira apresentação da obra “Partilhas de um Ser”, de Mestre Viktor Valente, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge a 25 de fevereiro às 15H30.

Desporto em São Brás de Alportel com a I Etapa da Taça de Portugal em Downhill na Pista do Arimbo na Serra do Caldeirão nos dias 25 e 26 de fevereiro (9h00 - 18h00) e no dia 27 até às 17h30


Ainda em São Brás de Alportel, a Orquestra do Algarve realiza a 25 de fevereiro um concerto do Ciclo de Música Inglesa no Cine-Teatro às 20h30, com direção do maestro Rui Pinheiro. Do programa constam obras de Henry Purcell, William Boyce, Ronald Binge, Gustave Holst, Percy Grainger, Ralph Williams ou Charles Parry.

No Teatro das Figuras em Faro há concertos intimistas do ciclo ‘Noites de Sofá’ que a 24 de fevereiro são protagonizadas pela banda Killing Electronica e a 25 pelo grupo oLUdo, que apresenta o seu trabalho ‘Almirante’, às 21h30. Os bilhetes custam 12 euros.


Ainda em Faro a Biblioteca Municipal acolhe o seminário ‘Programa de Massagem nas Escolas ( MISP )’ Uma estratégia revolucionária para substituir o bullying pelo respeito e reduzir a violência, a 23 fevereiro a partir das 18h00, inserido no ciclo “Conversas sobre a Infância”. A entrada é livre


Também em Faro, a livraria Leya no Pátio agendou a evocação de duas figuras essenciais na história das ciências em Portugal: Orlando Ribeiro e Manuel Viegas Guerreiro, sob o tema “Experiências de África, Cadernos de Campo”. Sessão é a 25 de Fevereiro, às 16h com a presença de Maciel Morais Santos, Prof. da Universidade do Porto e Luís Guerreiro, Presidente da Fundação Manuel Viegas Guerreiro.

Em Olhão o musical infantil Canela, Ovos e Verdade – A Receita da Amizade sobe ao palco do Auditório Municipal a 25 de fevereiro, às 16h00 e às 18h00. Os textos são de Ana Rangel e João Ascenso, música e direção musical de Dino e Telmo Lopes, encenação de Carlos Artur Thiré, coreografias de Cláudio Figueira e cenografia e adereços Clivia Cohen.


Jazz, no Cantaloupe Café, nos Mercados de Olhão, em concerto do trio Olympia Jensen em saxofone, Charly Roussel em contrabaixo e Eddie Jensen na bateria, a 26 de fevereiro, domingo, às 18h00. Os bilhetes custam 5 euros.

Em Portimão, o TEMPO - Teatro Municipal recebe a ‘Homenagem ao Fado’ com as vozes de Pedro Viola e Teresa Viola a Guitarra portuguesa de Vítor do Carmo, a Viola de Fado: José Santana e o contrabaixo de António Correia que atuam no espaço do café concerto a 24 de fevereiro às 22h00. O preço dos bilhetes é de 2 euros.

Ainda em Portimão e também no TEMPO, sobe ao palco ‘Quase Nada’, peça bilingue em língua gestual e língua portuguesa que mostra o trabalho entre a PELE e a Associação de Surdos do Porto no dia 25 de fevereiro pelas 21h30. Os bilhetes custam 10 euros com os descontos habituais.


Em Silves, prova internacional de BTT, a Portugal Cup XCO Silves nos dias 25 e 26 de fevereiro na Ribeira do Enxerim. Mais informações no site do Clube Xelb www.clubexelb.com

Em Tavira, tradicional Baile da Pinha no Parque de Feiras e Exposições a 25 de fevereiro a partir das 22 horas .Cinema, em Tavira, no Cineteatro António Pinheiro, sempre às 21h30 com a exibição do filme ‘Uma separação’ de Asghar Farhadi (Irão 2011) a 23 de fevereiro e ‘Risco duplo’ de Nicolas Winding Refn (EUA 2011) a 26 de fevereiro.

Ainda em Tavira a conferência "Liberals in Portugal" por Peter Booker tem lugar a 24 de fevereiro 11h00 na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos numa organização da Algarve History Association.

Também em Tavira o ciclo "Música nas Igrejas" programou um concerto com Rui Mourinho (Guitarra) na Ermida de São Sebastião às 18h00 do dia 25 Fevereiro . Entrada livre.

Continuando em Tavira no mesmo dia realiza-se a palestra "Nas bocas do mundo: uma conversa sobre a origem histórica das expressões portuguesas" na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos às 16h30 organizada pela Associação Internacional de Paremiologia.

A Feira de Stocks de Vila Real de Santo António decorre de 25 a 28 de Fevereiro no Centro Cultural António Aleixo, entre as 10h00 e as 19h00 com cerca de trinta expositores de pronto-a-vestir, acessórios de moda, calçado, moda infantil, lingerie, artigos desportivos, brinquedos, retrosaria, artesanato, decoração, artigos para o lar, livraria, perfumaria.

Fonte: Observatório do Algarve

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Praias do nosso Algarve - Praia de Faro (Peninsula do Ancão - Barrinha)

A Barrinha é uma área de grande beleza natural, sem edificações e onde se pode observar a flora do sistema dunar bem como as inúmeras aves que procuram refúgio e alimento nestas paragens, tais como a chilreta, a gaivina, a rola-do-mar ou o borrelho.


Aqui a configuração da linha de costa muda constantemente pela acção do vento e da ondulação e avista-se a Ilha Deserta (ou Ilha da Barreta), mais larga e densamente vegetada, do outro lado da barra. É uma zona muito tranquila e normalmente deserta que pode ser acedida a pé a partir da praia de Faro, através de um longo passadiço de madeira, ou de barco.


Notas: As correntes junto à barra são normalmente muito fortes, sendo necessária cautela.

Acesso: Viário alcatroado a partir de Faro, seguindo na direcção do aeroporto (cerca de 8Km). Estacionamento ordenado, com diversos equipamentos de apoio (restaurantes, WC) e vigilância durante a época balnear. Durante o verão é ainda possível chegar à praia através de barco, a partir de Faro (cais da Porta do Sol). A Barrinha não possui vigilância. Orientação: sudoeste.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Gastronomia Algarvia - Feijoada de Polvo

Ingredientes:

1 tigela de feijão catarino
1 1/4 kg de polvo
5 dentes de alho
6 colheres (sopa) de azeite
2 colheres (sopa) de banha
4 cebolas
3 cenouras
sal
pimenta 1 dl de vinho branco
salsa


 

Preparação: 

Com antecedência, demolhe o feijão coberto de água. Escorra e ponha a cozer em lume brando. Limpe o polvo, lave em várias águas e escorra.
Coza à parte, com uma cebola inteira descascada e um fio de azeite.
Refogue os alhos esmagados com o azeite e a banha. Junte as cebolas restantes descascadas e picadas, e as cenouras raspadas e cortadas em rodelas. Tempere com sal e pimenta e refogue. Junte o vinho e ferva até evaporar. Adicione o polvo cortado em pedaços e o feijão cozido.
Junte um pouco da água de cozer o polvo e tempere com sal e pimenta.
Apure em lume brando.
Retire umas colheres de feijão e esmague com um garfo. Deite no tacho e misture para engrossar. Apure de novo. Fora do lume, junte salsa picada.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Corrida ao ouro na serra algarvia

"A serra de Monchique, no Algarve, pode ‘esconder’ minerais preciosos, nomeadamente ouro e prata, admitem cientistas da Universidade do Algarve, que desenvolveram um projecto de investigação na zona. O potencial ‘tesouro’ está também a atrair a atenção de uma empresa privada, que vai avançar com trabalhos de prospecções. 

Estudos apontam para a existência de ouro no
maciço da serra de Monchique
 

De acordo com Tomasz Boski, professor do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve e coordenador do projecto Valemon (Valorização Económica e Ambiental do Maciço de Monchique), existem "alguns indícios interessantes, por analogia com outros maciços no Mundo, de que o de Monchique pode ser portador de minerais de valor económico, incluindo ouro".

Este especialista refere que, por exemplo, na China "existe um maciço muito semelhante ao de Monchique, de onde é extraído ouro", pelo que "não ficaria nada surpreendido" se a serra algarvia apresentasse o mesmo potencial.

No âmbito do projecto Valemon, os geólogos procederam à recolha de 130 amostras de rochas daquela serra algarvia, que depois enviaram para laboratórios no Canadá e Brasil, para análise de 32 elementos químicos. "Falta ainda efectuar a interpretação dos resultados", afirma Tomasz Boski. Só então poderá ser determinado que metais preciosos guarda o maciço de Monchique.

O potencial ‘tesouro’ mineiro de Monchique não passa despercebido às empresas do sector. No final do ano passado, o Governo assinou um contrato de concessão com a Maepa - Empreendimentos Mineiros e Participações – para a prospecção de ouro, prata, cobre, chumbo e zinco.

A empresa de-senvolverá os trabalhos de pesquisas em zonas serranas de três concelhos do Barlavento: Monchique, Aljezur e Portimão. A área abrangida atinge cerca de 270 quilómetros quadrados.

PARTÍCULAS DE OURO ENCONTRADAS NO RIO GUADIANA

Monchique pode não ser a única serra algarvia a esconder reservas de ouro. A do Caldeirão, próximo do rio Guadiana, também poderá dispor de reservas de minerais valiosos. Há cerca de cinco anos, especialistas da Universidade do Algarve que estudavam os sedimentos no estuário do rio, na zona de Castro Marim, descobriram partículas microscópicas de ouro. O professor Tomasz Boski diz que falta, no entanto, provar que há jazidas com potencial para serem exploradas". - http://www.cmjornal.xl.pt/

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Algarve: Carnaval para todos os gostos

Para “troikar” a crise pelo carnaval, há desfiles em Loulé, Paderne (Albufeira) ou Moncarapacho (Olhão) mas o Entrudo sai à rua ou vai ao baile em muito outras cidades do Algarve, de barlavento a sotavento. Veja aqui o roteiro das festas. 

O corso mais mediático, "Troika, a Crise pelo Carnaval de Loulé”, é Av. José da Costa Mealha a 18 e 19 de fevereiro a partir das 15h00, com bilhetes de 2 euros.

Em Paderne (Albufeira), o carnaval é Um Negócio da China”, das 14h00 às 18h00, do dia 19, num desfile com participação gratuita.

Por sua vez, o centenário Carnaval de Moncarapacho volta a sair à rua nos dias 19 e 21 de fevereiro, a partir das 14h30, também sem bilhetes.


Roteiro do Carnaval do Algarve

Mas não se esgotam por aqui os festejos carnavalescos do Algarve, num roteiro que passa por Alte, Quarteira, Faro, Olhão e São Brás de Alportel no Algarve central, por Tavira e Vila Real de Santo António e Monte Gordo a Sotavento e ainda por Lagoa, Lagos e Portimão, a barlavento.

Loulé: Entre a tradição da serra e o enterro do Entrudo em Quarteira

Em 2012, o corso carnavalesco de Alte acontece nos dias 19 (domingo) e 21 de fevereiro (terça-feira), entre as 15h00 e as 18h00 horas. A festa prolonga-se pela noite fora, com bailes de Carnaval no salão da Casa do Povo de Alte, a partir das 21h30.

Os 10 Carros alegóricos e máscaras dos foliões é exclusivamente feita pelos 5 grupos participantes, dando a este carnaval um cunho de autenticidade.


Já em Quarteira, é na Avenida Infante Sagres que durante quatro dias se faz a festa. Logo no dia 17, entre as 10h00 e as 12h00 e as 14h00 e as 17h00 tem lugar o desfile de crianças.

O corso acontece nos dias 18 e 19 de fevereiro, a partir das 15h00, com o desfile de 14 carros alegóricos, com temas serão escolhidos pelos próprios grupos e podem ir desde a sátira política, até alusões diretas às próprias agremiações envolvidas no corso.

Um dos momentos singulares é o Enterro do Entrudo, na Quarta-Feira de Cinzas, dia 22, pelas 15h00. O desfile tem início na Rua da Alegria e termina na Praça do Mar.

É Carnaval, Mó! para Olhão

O centenário Carnaval de Moncarapacho volta a sair à rua nos dias 19 e 21 de Fevereiro, a partir das 14h30, um dos carnavais mais típicos da região.

Entre as 14h30 e as 18h00, mais de uma dezena de carros alegóricos (de tema livre, confecionados pelos habitantes e associações) e grupos a pé desfilam pelas ruas da vila. A entrada é gratuita.


Na sexta-feira, 17 de fevereiro, à noite É Carnaval Mó!,na Sociedade Recreativa Olhanense, com baile de máscaras, dança brasileira com Ginga Show e música para dançar com os Ivete Mangalho & Rolinhas a animar o carnaval de Olhão.

Ainda em Olhão, há ‘Festa de Carnaval - a favor de uma causa’, agendada para o dia 20 de Fevereiro, entre as 22H00 e as 02H00, no “AMP - Planet”. Os fundos angariados através da iniciativa promovida pela Associação Oncológica do Algarve, reverterão a favor da “Casa Flor das Dunas”.

Faro: Carnaval a pedalar, a desfilar e a dançar

Com cheiro a carnaval a festa dos 22 anos da Associação Recreativa e Cultural de Músicos de Faro (ARCM) tem lugar na sede da associação, junto à Estação da CP, a 18 de fevereiro a partir das 21h30, com a banda La Plante Mutante e o grupo de baile Ivete Mangalho & Rolinhas. Os bilhetes estão à venda na sede da ARCM e no bar Ditadura em Faro.

No próximo dia 19 de Fevereiro, pelas 16 horas, na Doca – Jardim Manuel Bívar em Faro, está marcado encontro para que adeptos do uso da bicicleta passem uma tarde de Carnaval original intitulada “Carnaval a Pedalar” em que os ciclistas vão “passear” mascarados pelas ruas da cidade.

Mas os festejos têm início com o desfile de carnaval das crianças, 17 de fevereiro às 10h00 o Jardim Manuel Bivar até à Praça da Pontinha onde haverá animação, até às 12 horas. O Montenegro também realiza desfile de crianças entre as 10h30 e as 12h30.

O desfile oficial decorre na baixa de Faro, no dia 18 pelas 11h00 no Jardim Manuel Bívar.

Os festejos continuam depois pelas 15h00 em Santa Bárbara de Nexe neste mesmo dia para no dia 19 de fevereiro (domingo) culminarem na Bordeira onde o desfile terá início também às 15 horas.

São Brás de Alportel revive tradições de Entrudo

Domingo, dia 19, o desfile popular de foliões e carros alegóricos regressa a São Brás de Alportel, numa festa de entrada livre, onde todos podem participar.


Também não faltam os tradicionais bailaricos e concursos de máscaras e ainda a marcha de carnaval na manhã de domingo.

Albufeira promete festa solidária

Com o epicentro da animação a convergir para Paderne no desfile sob o tema “Um Negócio da China”, das 14h00 às 18h00, do dia 19, com participação gratuita os tradicionais bailes de Carnaval espalham-se um pouco por todo o concelho.

O Clube de Ferreiras vai realizar um concurso de máscaras na sua sede, pelas 20h00 de dia 18 de fevereiro, com a atuação dos grupos de danças de salão e orientais

Já os Bombeiros Voluntários de Albufeira realizam festas a 18 e 20 de fevereiro a partir das 21h00.

Por fim, baile solidário com a acordeonista Anabela Silva na sede do Núcleo dos Motoristas Terras do Algarve (Nuclegarve) nasFontainhas, a partir das 20h00, com bilhetes a 3 euros, uma contribuição a construção da Aldeia da Solidariedade.

Lagoa veste as cores do arco-íris

Na Adega Cooperativa ÚNICA, em Lagoa, a festa de carnaval começa às 19h30 de sábado, 18 de fevereiro com a banda The Upper Crusties e o convidado especial Leapy Lee e a atuação de presença de um DJ. Os fatos deverão apresentar as cores do Arco-Íris e há concurso de máscaras com prémio para o disfarce mais original. A entrada custa 12,50 euros e inclui comida.

Portimão vai ver o desfile à Mexilhoeira

A rua principal da Mexilhoeira Grande, é o local certo para assistir aos desfile de carros alegóricos que a partir das 15h00 dos dias 19 e 21 de fevereiro saem do Polidesportivo, passando pela EN 125, rua principal da Figueira, até à Sede da Sociedade Recreativa Figueirense (chegada) onde se faz a festa.

Domingos Caetano & Amigos tocam em Tavira

Já no Sotavento, a Casa do Povo de Santo Estevão (Tavira) apresenta a 18 de fevereiro, a partir das 22h, o carismático vocalista dos Íris, Domingos Caetano & Amigos, para um concerto/baile.

Na Praça da República e Jardim do Coreto, decorre o desfile de Carnaval Infantil de Tavira a 17 de fevereiro, a partir das 10h00.

A animação está assegurada a 18, 20 e 25 de fevereiro, 22h00 no Parque de Feiras e Exposições da cidade, estando previstas outras festas no Clube Recreativo Tavirense (18 e 21 de fevereiro, 21h00).

Na Casa do Povo da Conceição de Tavira (dia 20, 22h00) e no Salão multiusos da Junta de Freguesia de Santa Luzia (21 de fevereiro, 20h00) há baile, concurso de máscaras e animação por artistas locais e também o enterro do Entrudo dia 22 às 18h00 na sede da associação Renascer do Campo.

Vila Real de Santo António e Monte Gordo bailam ao som de DJ’s

Vila Real de Santo António oferece aos mais pequenos um desfile seguido de baile no Centro Cultural António Aleixo, das 10h30 às 12h00, com coreografias, palhaços e música do dia 17 de fevereiro. O mesmo programa repete-se em Monte Gordo e Cacela com a festa a centrar-se, após o desfile no pavilhão da escola local.

Estão programados bailes para o recinto do Centro Cultural António Aleixo, em VRSA, nos dias 18, 19 entre as 22 e as 4h00, e no dia 20, entre as 22 e as 2h00. A festa será acompanhada, durante toda a noite, por bandas locais algarvias e por DJ’s.

Em Monte Gordo, os bailes têm lugar nos dias 18 e 20 de fevereiro (sábado e segunda-feira), entre as 22 e as 4h00, na tenda instalada na Zona Poente da marginal.

A estas festas populares acrescem as inúmeras ofertas das dicotecas, designdamente em Albufeira, Vilamoura, Praia da Rocha e, na prática, em todas as cidades algarvias.É só seguir o rasto da música!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Terras do nosso Algarve - Lagos

Lagos é uma encantadora cidade algarvia que manteve as suas características tradicionais, ao mesmo tempo que se transformou num cosmopolita destino de férias que acolhe centenas de visitantes por ano.
Historicamente, o fascínio de Lagos esteve desde sempre associado à sua posição geográfica, no lado oposto à costa africana. O estuário de Bensafrim tem atraído colonizadores e invasores estrangeiros, tendo-se tornado um ponto fulcral para as viagens das descobertas na época de ouro dos Descobrimentos portugueses. O Infante D. Henrique trouxe a fama a esta região, fundando a sua escola de navegação na vizinha Sagres, tendo residido em Lagos e construído aí as suas famosas caravelas. Lagos desde logo se tornou um centro de actividade marítima, à medida que exploradores como Gil Eanes, o primeiro a dobrar o Cabo Bojador em 1434, partiu da cidade em busca de novas terras e fortuna. As caravelas que regressavam repletas de riqueza e escravos transformaram Lagos num entreposto comercial com África, o que aumentou a riqueza e prosperidade desta zona.


Hoje, o atractivo de Lagos reside na abundância e beleza das suas praias. Os visitantes podem escolher entre longas extensões de dunas de areia, como a Meia Praia, ou por praias mais pequenas e abrigadas, como a Praia da Boneca ou a Praia Dona Ana. Ambas as opções são apelativas: a dimensão da Meia Praia torna-a um local de eleição para a prática de desportos aquáticos, enquanto as falésias das praias mais pequenas oferecem grutas, piscinas escavadas nas rochas e encantadores lugares abrigados que fazem as delícias das famílias. A costa também é especialmente atractiva e pode ser explorada por mar, num dos passeios panorâmicos de barcos que partem regularmente da marina. Também é um local favorito para a prática de mergulho.


A cidade em si deve ser explorada a pé. Apesar da destruição causada pelo sismo de 1755, muitas das casas do centro histórico mantêm a tradicional pedra trabalhada, as pitorescas varandas de ferro forjado e os pátios interiores. Lojas, bares e restaurantes alinham as ruas calcetadas, tornando-as num local agradável para um passeio e para provar a gastronomia local. O carapau alimado, a feijoada de búzios, a caldeirada de lingueirão e as lulas são algumas das especialidades. A zona também tem uma animada vida nocturna.

A marina de Lagos oferece um ambiente mais contemporâneo. Ladeada por lojas, cafés e restaurantes, é um local excelente para tomar uma bebida e relaxar.

Os amantes do golfe podem optar entre os dois campos das redondezas, já que ambos oferecem vistas magníficas. O Palmarés Golf está situado a leste de Lagos, nas colinas sobranceiras à Meia Praia, e o Boavista Golf Resort está situado a oeste, na costa que conduz à Praia da Luz.


Locais a visitar
Arquitectura religiosa

Igreja de Santo António 
A impressionante talha dourada desta igreja do século XVIII é uma das mais belas do país, tornando-a num fantástico exemplo do Barroco Português. O interior ornamentado contrasta com a simplicidade do exterior.

Igreja de Santo António

Igreja de São Sebastião
Originalmente uma capela do século XIV, foi transformada em igreja dedicada a São Sebastião em 1463. Contém uma grande estátua da Nossa Senhora da Glória datada do século XVIII vinda do Brasil e um crucifixo do século XVI, que terá sido usado na famosa batalha de Alcácer-Quibir. Do seu topo obtêm-se vistas fabulosas sobre Lagos e sobre o mar.



Locais históricos e museus

Muralhas
As muralhas de origem cartaginesa ou romana foram ampliadas pelos Árabes e posteriormente nos séculos XIV e XVI para acompanhar o crescimento da cidade. As muralhas oferecem belas vistas panorâmicas sobre as colinas e a baía de Lagos.

Muralhas

Castelo dos Governadores 
Este castelo foi reconstruído no local de um antigo castelo árabe nos séculos XIV a XVI, tendo-se tornado a residência dos governadores do Algarve. Parcialmente destruído no sismo de 1755, contém um belo exemplar de uma janela manuelina, da qual o Rei D. Sebastião terá proferido as suas orações antes da sua viagem para África.

Mercado de Escravos
Os escravos trazidos de África em 1444 eram vendidos naquele que se julga ser o primeiro mercado de escravos da Europa. O piso térreo do edifício abriga hoje uma galeria de arte.

Museu Minicipal Dr. José Formosinho 
Situado junto à Igreja de Santo António, este museu contém uma colecção única de arte sacra, vestígios arqueológicos e pinturas, além de secções dedicadas à história de Lagos, à etnografia algarvia e à mineralogia. O bilhete de entrada para o museu inclui acesso à igreja.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

À Descoberta do Algarve Rural - Costa Vicentina

Percursos da Costa Vicentina


Percorremos as Rotas do Infante D. Henrique entre arribas, falésias, dunas, areais sem fim e um imenso mar. É "o fim do mundo" no coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. 
Talvez se observe alguma águia, ou lince, lontra ou outros mais.
Menires enigmáticos, fortes a lembrar corsários e piratas, castelos de reis e princesas. Miradouros com o Atlântico ao longe num horizonte sem fim. E o vento por companhia. Descemos a praias rebeldes, enseadas tranquilas, porto de pesca tradicionais, ribeiras e mais ribeiras. Em todos os lugares o sabor a mar. Perceves, cataplanas, muito peixe e marisco. E o gosto da terra. Batata doce, feijão, grão. Por entre pinhais e matagais, subimos por encostas de casinhas brancas, entramos em pequenas igrejas e museus locais. Encantam-nos as gentes e os seus testemunhos.



1º Troço: Budens - Vila do Bispo


Budens - Vila do Bispo 20 Kms

Este é um percurso pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Caminha-se ao longo de oitenta mil hectares por imponentes arribas xistosas na costa ocidental e calcárias na costa sul.
Partimos de Budens, povoação de ruas pitorescas, onde há a destacar a Igreja Matriz. Descendo em direcção à costa, no local de Boca do Rio, podemos visitar o Forte de S. Luís ou de Almádena. Este forte, tal como outros do percurso, foi construído para proteger as armações da pesca do atum de corsários e piratas. Voltamos à estrada que liga Budens à Raposeira para visitar a Ermida de Sto. António. Mais à frente, a não perder, encontra-se a Ermida de N. Sra. de Guadalupe, local onde o Infante D. Henrique orava. Hoje é Monumento Nacional. Os capitéis, decorados com ramos, folhagens, conchas e cabeças humanas são de grande riqueza. 
Chegamos à Raposeira, uma pequena aldeia de casas com portais dos sécs. XV e XVI, que foi um dos locais de habitação do Infante D. Henrique. A Igreja Matriz da Raposeira é composta por uma só nave, apresenta um portal Manuelino e uma torre sineira terminada em pirâmide octogonal. Esta zona é de grande riqueza arqueológica. Desviamos para a estrada que dá acesso à Ingrina na descoberta do Menir de Milrei e do Menir do Padrão, o único que se encontra erguido na zona.



2º Troço: Vila do Bispo - Sagres


Vila do Bispo > Sagres 11km


Em Vila do Bispo visitamos a Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição (8) que tem uma escadaria de acesso à torre onde existem quatro sineiras. Anexo à igreja, no Museu de Arte Sacra (9) expõem-se, entre outras, uma cruz românica com a imagem de Cristo Coroado e duas custódias. Frente à Igreja, está uma oficina de lãs, a “Fios com História” (10), que mostra o processo tradicional, desde o tratamento da lã e fiação até à confecção de artigos. E não podemos sair de Vila do Bispo sem saborear os perceves!. 
Aconselhamos um desvio até à Praia do Castelejo onde fica o Miradouro do Castelejo (11). Daí observa-se o perímetro florestal de Vila do Bispo, a panorâmica da costa e a Torre de Aspa (12), próxima da Praia do Castelejo. Os vestígios da torre persistem junto do actual marco geodésico.
Saímos em direcção a Sagres pela antiga estrada e paramos no Monte Salema à descoberta do conjunto de Menires do Monte dos Amantes (13). São 9 pedras monumentais e enigmáticas, com formas fálicas e diversas inscrições.





3º Troço: Cabo de S.Vicente - Carrapateira

Seguimos para o Cabo de São Vicente (18), o ponto mais a sudoeste da Europa Continental, denominado como “o fim do mundo”. É uma referência nas rotas marítimas que interligaram a Europa à América entre o séc. XIII e o séc. XVI. Visitemos então o Complexo do Forte do Cabo de S. Vicente (19), onde se destacam o Farol e um Espaço Museológico sobre o tema. O cabo oferece uma óptima vista panorâmica sobre o mar e as arribas. Os calcários dolomíticos culminam em imponentes falésias de 100 m de altura. As areias preenchem as fendas no topo dos rochedos, proporcionando substrato a várias plantas. Junto à Praia do Beliche fica a Reserva Biogenética de Sagres (20). O clima é húmido e os ventos fazem-nos companhia dia e noite. A paisagem da zona é caracterizada por pinheiros bravos e por matagais. Por aqui passam um grande número de aves no seu processo de migração, fazendo uma pausa para se alimentarem. De Maio a Outubro podemos observar as aves aquáticas e de rapina. Voltamos a subir em direcção a Vila do Bispo seguindo na estrada EN 268 para Aljezur.



4º Troço: Carrapateira - Aljezur


Carrapateira - Aljezur 36 Kms 

A próxima paragem é na Carrapateira, aldeia implantada num conjunto de cerros. O Forte da Carrapateira tem muralhas de xisto da região e envolve a Igreja Matriz da Carrapateira (21). Esta é um edifício do período Barroco, com uma arquitectura popular, reconhecida nas formas, texturas e elementos decorativos. Para os amantes da natureza sugerimos uma pequena rota partindo da Carrapateira em direcção à Ilha do Forno, para ver o tradicional Porto de Pesca da Carrapateira (22). Seguimos viagem passando pela Ponta do-a-do-Pau, Palheirão, Pontal, onde a vista sobre o mar é deslumbrante. Na estrada para a praia da Bordeira encontramos a Ribeira da Carrapateira que desempenha o papel de “reabastecimento” no processo de migração das aves aquáticas. Toda esta zona é de grande valor ecológico, uma vez que nela se encontram representados vários tipos de habitats do Parque Natural.
A Carrapateira é envolta por um cordão dunar de grande diversidade florística. Algumas espécies de aves encontram-se no topo da lista das prioridades de conservação, como é o caso da águia de Bonelli e a águia pesqueira. De entre os mamíferos destacam-se o lince-ibérico, actualmente em vias de extinção, a lontra, o gato-bravo, o coelho-bravo e o javali. Na estrada entre a Carrapateira e a Bordeira encontramos uma vasta área de pinheiro manso conhecida como o Pinhal de Bordalete (23).
Chegamos à Bordeira, uma aldeia envolta por serranias e campos de cultivo. A Igreja Matriz de N. Sra. da Encarnação (24) apresenta na fachada lateral um pequeno átrio com traços Barrocos primitivos. Exibe no interior um arco triunfal e o rétabulo do altar-mor, com as imagens de N. Sra. da Encarnação.
Meio quilómetro antes de Aljezur viramos à esquerda para a Arrifana, uma aldeia enquadrada num extenso areal abrigado por falésias. Aí organizam-se passeios turísticos e de pesca desportiva. A aldeia tem um pitoresco Porto de Pesca (25) ligado à figura do príncipe e poeta muçulmano Ibn Caci que lá viveu retirado. Merecem visita o Forte e o Miradouro da Arrifana (26) no cima da falésia. Daqui podemos ver a Pedra da Agulha, uma rocha gigante erguida no meio do mar. 



5º Troço: Aljezur - Odeceixe



Voltamos à EN 120 e vamos até Aljezur onde fazemos uma pausa para apreciar o prato de feijão com batata doce. Em Novembro realiza-se a “Feira da batata doce e do perceve” organizada pela “Associação de Produtores de Batata Doce”. Mas o sargo, douradas e robalos também fazem parte das delícias gastronómicas. No artesanato local, é de procurar a cestaria, cadeiras de tabúa e trabalhos em latão e cobre.
Aljezur, fundada pelos Árabes no séc. X, estende-se ao longo de uma colina e desce em direcção à ribeira. Na parte nova da vila as habitações envolvem a Igreja de N. Sra. da Alva (27). Conhecida como a Igreja Nova, possui uma valiosa imagem de N. Sra. da Alva. Podemos ainda visitar a Igreja da Misericórdia (28) onde numa das suas alas funciona o Museu de Arte Sacra. 
A não perder é o Castelo de Aljezur (29) datado do séc. X, com um vasto espaço muralhado e duas torres. Daqui é possível ter uma óptima panorâmica sobre a serra. A Fonte das Mentiras (30) está situada no cerro do castelo. Diz a lenda que há uma passagem subterrânea até ao castelo e que, aquando da conquista da vila, lá se escondeu uma bela moura amada por um cristão.
Recomendamos a visita à Casa Museu Pintor José Cercas (31) e, na parte velha da vila, ao Museu Antoniano (32), ao Museu de Arte Sacra “Monsenhor Francisco Pardal” (33) e ao Museu Municipal (34) que está instalado no edifício dos antigos Paços do Concelho e integra a Galeria Municipal, esta com um importante núcleo arqueológico e outro etnográfico.
A bonita Ribeira de Aljezur ladeia a estrada para a Praia da Amoreira e as Dunas da Praia da Amoreira (35). Nos topos das falésias e nos estuários existem extensos sistemas dunares que albergam uma flora única. A costa é de altas e escarpadas falésias. Nas praias, pequenos cursos de água desaguam no Atlântico. 
Voltamos para a estrada principal até Rogil. A escolha gastronómica é difícil. Saborear a cataplana, a caldeirada de peixe, o arroz de marisco ou a feijoada de búzios? No final deste percurso avista-se mais uma colina que abriga Odeceixe. Para compreender o processo de transformação da uva até ao vinho, visite o Pólo Museológico Adega Museu (36). Recomendamos também a Igreja Matriz de Odeceixe (37), ou a subida ao cerro até ao moinho de vento, onde funciona o Pólo Museológico do Moinho (38). Para terminar o percurso vamos dar uma volta pelo vale de Odeceixe, tomamos banho e observamos as aves na Ribeira de Seixe. Subimos ao Miradouro da Praia de Odeceixe (39) e deixamos o olhar percorrer o horizonte.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Dicas para o fim de Semana no nosso Algarve

"Estão em destaque a música, o teatro, a revista à portuguesa, desporto e passeios na natureza, nestas dicas do fim de semana de carnaval. 

O roteiro do carnaval no Algarve passa por desfiles e bailes na maioria das cidades algarvias. (ver destaque). Mas há outras propostas nestas dicas:

Em Loulé, o 38º Torneio Internacional de Vela do Carnaval, decorre em Vilamoura nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro que integra também 3 Campeonatos Ibéricos, nas classes snipe, 420 e kiteboard. A prova de 420 irá selecionar os velejadores para os campeonatos da Europa e do mundo da classe, que decorrerão este ano.



O Moto Clube de Loulé volta a promover o Encontro Motard de Carnaval, dia 18, junto ao Monumento Duarte Pacheco na cidade.

Ainda em Loulé, a 19 de fevereiro, pelas 9h00, decorre a 3ª Prova de Atletismo e Marcha Passeio de Carnaval. A par da competição, que decorre na Avenida José da Costa Mealha, os interessados poderão participar numa marcha com um percurso de 4 kms em redor da cidade de Loulé.

Em Olhão, Miguel Gameiro apresenta o seu primeiro álbum a solo “A Porta ao Lado” concerto marcado para o Auditório Municipal, a 18 de fevereiro, pelas 21h30.



Teatro, no Auditório de Albufeira com a digressão da peça “Laços de Sangue” da ACTA- A Companhia de Teatro do Algarve a 17 e 18 de fevereiro às 21h00 A peça foi escrita por Athol Fugard e encenada por Luís Vicente, que a interpreta com Mário Spencer.

Em Albufeira, Fórum Fnac no Algarve Shopping apresenta a 18 fevereiro pelas 17h00 o rap B Skilla o seu trabalho (R)evolução que apesar de também falar de festa e diversão, no fundo, trata-se de música de protesto (ou rap de intervenção) e de um incentivo à revolução pacífica através das palavras.

Ainda em Albufeira e no mesmo palco, Pedro Madeira toca ao vivo o seu terceiro álbum de inéditos ‘Onze’ em que a irreverência está de mãos dadas com o seu timbre único, a 19 de fevereiro (17h00).

Portimão acolhe a festa de consagração dos ciclistas da 38ª Volta ao Algarve na Zona Ribeirinha de Portimão, onde no dia 19 de fevereiro a partir das 12h30 termina a 5ª e última etapa, num contrarrelógio individual de 25,8 km que passa por Benagil, Carvoeiro, Sesmarias, Ferragudo e Parchal. Mais informações do percurso da ‘Algarvia’ aqui www.voltaalgarve.com



Os Tiguana Bibles sobem ao palco do TEMPO -Teatro Municipal de Portimão a 18 de fevereiro pelas 21h30 para apresentar o álbum de estreia “In loving memory of... “. A banda oriunda de Coimbra que reúne elementos com percurso musical reconhecido, como Victor Torpedo e Carlos “Kalo” Mendes dos Tédio Boys, ou Augusto Cardoso dos Bunnyranch. Os bilhetes custam 5 euros.

Também em Portimão, o projeto A Lota of Music traz o grupo algarvio La Plante Mutante à antiga Lota no dia 19 de fevereiro onde funcionará um Bar Solidário em que o público pode trocar três quilos de alimentos por uma bebida, numa campanha a favor do lar de crianças Bom Samaritano.

Mantendo-nos em Portimão, continua na sala do Boa Esperança a Revista à Portuguesa “Fecha as ‘nalgas’ que vem a troika”, com sessões às quintas e sextas-feiras, a partir das 21h00, e aos sábados e domingos, às 15h30 e às 21h00.

Ainda em Portimão, no dia 24 há Homenagem ao Fado marcada para as 22h00 no Café Concerto do TEMPO, com as vozes de Pedro e Teresa Viola.



Continuando em Portimão, a representação de «Quase Nada», da PELE - Espaço de Contacto Social e Cultural para o Grupo de Teatro de Surdos do Porto, está agendada para a 25 de fevereiro, à mesma hora e no mesmo local. Peça promove a Língua Gestual Portuguesa e o seu potencial cénico, partindo das palavras de Eugénio de Andrade.

Finalmente em Portimão, percurso para (re)descobrir belezas e segredos da costa marcado para 25 de fevereiro entre a Praia do Vau e Ponta João d’Arens que terá uma duração aproximada de 2 horas e meia, e será guiado por biólogos.
                                                                                                                              Jazz, na adega Única de Lagoa a 23 de fevereiro a partir das 19h30 com o pianista e vocalista João Galante. A entrada custa 8 Euros (inclui um copo de vinho e um garrafa de vinho na saída).

Em Lagos, o torneio de patinagem X Tivoli Terras do Infante / Lagos dos Descobrimentos disputa-se de 18 a 20 de fevereiro, durante a manhã na Avenida dos Descobrimentos.

Também em Lagos decorre a XVII edição do Corta-Mato de Barão de São João, dia 21 de fevereiro com início pelas 10h00, na Mata de Barão de São João.

A Casa do Povo de Santo Estevão (Tavira) acolhe a digressão nacional, dos Uxu Kalhus, dia 25 de fevereiro, a partir das 22h00 para apresentação do seu novo trabalho, “Extravagante” que se segue a "A Revolta dos Badalos" (2006) e "Transumâncias Groove" (2009)." - http://www.observatoriodoalgarve.com/