sábado, 8 de fevereiro de 2014

Praias do nosso Algarve - Praia do Manuel Lourenço

O areal é mais pequeno que nas praias a poente, mas o espaço diversifica-se pelas inúmeras reentrâncias e abrigos proporcionados pelas formações rochosas sinuosas e muito recortadas. As formas são caprichosas, especialmente a poente, originadas pela corrosão e desgaste da rocha. 
Para nascente estende-se uma plataforma rochosa de aspecto intrincado onde, na baixa-mar, é possível observar a vida marinha na faixa entre-marés. Recomendam-se igualmente os passeios de máscara e barbatanas pelas rochas submersas. As cores quentes dominam a paisagem, amenizadas pelo verde dos pinheiros e das aroeiras que envolvem a praia.
Na arriba, mas longe do alcance das marés, surgem plantas aromáticas como o tomilho e a perpétua-das-areias, já no areal são a salgadeira e a barrilha, plantas resistentes à salsugem, que abundam. Uma efémera linha de água desagua no areal na época húmida, adensando-se a vegetação nesse local. A envolvente à praia prima pelo verde e encontra-se ajardinada com espécies nativas da região.
Notas: Acesso à praia através de escadas ou de rampa, em madeira.
Acesso: Viário alcatroado a partir da estrada que liga a povoação da Guia à Galé, seguindo a sinalização para a praia. Estacionamento amplo e ordenado a 100 m da praia, exíguo e condicionado junto à praia. Equipamento de apoio (restaurante e WC) e vigilância na época balnear. Praia Acessível. Orientação: sul / sudoeste.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Curta-metragem “Algarve” realça excelentes condições da Praia da Rocha em Portimão para o surf

A Praia da Rocha é um dos locais em evidência na curta-metragem “Algarve”, já considerada a melhor película de surf feita sobre a região, que será exibida a 8 de fevereiro no Pequeno Auditório do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão.

Cartaz curta-metragem Algarve

A exibição, com entrada livre, conta com o apoio da Câmara Municipal de Portimão e está marcada para as 19h00, ocorrendo praticamente um mês depois de a Praia da Rocha ter estado em destaque no conceituado site norte-americano The Inertia, referência no meio surfista internacional, que realçou as excelentes caraterísticas de ondulação existentes nesta afamada estância balnear.


A curta-metragem foi filmada ao longo dos últimos meses com Miguel Mouzinho, Eduardo Fernandes, Pedro Henrique, João Guedes, Marlon Lipke e convidados, à procura das melhores ondas em paisagens algarvias pouco vistas no grande ecrã, aliando imagens de surf de qualidade mundial ao espírito de aventura e busca de lugares mais escondidos, constituindo um mosaico de cenários naturais espetaculares.


Os produtores pretendem com este filme promover o litoral sul português e as condições existentes para a prática do surf, sobretudo no inverno, visando também que a curta-metragem represente um incentivo ao turismo, à cultura e ao estilo de vida na face mais selvagem do Algarve.

A presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, vai assistir à exibição da curta-metragem, após o que falará com os presentes sobre as condições que deverão estar reunidas para potenciar ainda mais o desenvolvimento do surf nesta zona da costa algarvia.

Fonte: http://www.metronews.com.pt/

Médico do hospital de Portimão premiado por método inovador para tratar otite serosa nas crianças

Um método inovador a nível mundial, que permite evitar 80% das cirurgias invasivas nas crianças que sofrem de otite média serosa, foi inventado e desenvolvido inteiramente no hospital de Portimão, pela equipa coordenada pelo médico Armin Bidarian Moniri, do Serviço de Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar Algarvio (CHA).


O método é aparentemente muito simples e consta de uma máscara que se adapta ao nariz e à boca da criança, com um tubo, um balão que insufla de cada vez que o pequeno doente respira e ainda uma bomba. Tudo isso está escondido dentro de um brinquedo, um peluche, de modo a tornar o tratamento o menos «assustador e agressivo possível» para a criança…e até para os seus pais, como explicou Armin Bidarian Moniri ao Sul Informação.

A invenção e o desenvolvimento deste método valeu ao jovem médico Otorrinolaringologista uma distinção da Rainha Sílvia da Suécia, o seu país natal, que lhe foi entregue no passado dia 22 de Janeiro, no Castelo de Estocolmo, naquele país nórdico.

Esta distinção deve-se ao seu trabalho de investigação relacionado com a deficiência auditiva em crianças, que culminou com a criação de um tratamento inovador e não invasivo da otite média serosa, diminuindo, assim, as cirurgias invasivas.

A perda auditiva em crianças, cuja causa mais frequente é a otite serosa (cerca de 80% das crianças sofrem uma ou mais otites serosas antes dos 4 anos de idade), é uma deficiência comum que pode arrastar-se durante meses a anos antes de ser detetada, resultando em milhares de operações anuais em Portugal e em todo o mundo.

Além dos potenciais riscos associados à anestesia, as crianças sofrem ocasionalmente complicações graves e muitas têm que voltar a ser operadas. Todos estes procedimentos acarretam elevados custos socioeconómicos.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Lendas Algarvias - Lenda da moura Cassina

Esta lenda passa-se em 1149, na véspera da reconquista de Loulé aos Mouros pelo Mestre D. Paio Peres Correia. Loulé estava sob domínio dos mouros e seu governador tinha três belas filhas Zara, Lídia e Cassima que era a mais nova. Quando D. Peres se encontrava no exterior da muralhas da cidade pronto para conquistar a cidade, o governador levou as suas filhas até uma fonte onde as encantou, com o objectivo de as preservar de um possível do cativeiro. Contudo o governador nessa noite conseguiu fugir para Tânger deixando as suas filhas para trás. Mas este não conseguia viver feliz ao pensar na pouca sorte das suas pobres filhas.


Até que num certo dia apareceu em Tânger um "carregamento" de escravos vindos de Portugal onde se encontrava um homem de Loulé, que o governador não hesitou em comprar. Já no palacete o mouro perguntou ao Carpinteiro se ele não gostaria de voltar para perto da sua família, este sem perder um segundo disse que sim. Logo o mouro pegou num alguidar cheio de água dizendo ao louletano para ele se colocar de costas para o alguidar e saltar para o outro lado, prevenindo-o que se caísse dentro da água iria-se afogar no oceano, dando-lhe 3 pães (pães esses que continham a chave para o desencantamento das mouras) diz-lhe o que fazer com eles a fim de libertar as suas lindas filhas do encantamento a que foram sujeitas. O carpinteiro salta e como num passe de mágica chega a sua casa abraçando a sua mulher, logo de seguida ele vai até um canto da casa e esconde os 3 pães dentro de um baú.

Passado algum tempo mulher descobre os pães e fica desconfiada por ele estarem escondidos, então ela pega numa faca afim de ver se há alguma coisa dentro deles, espetando a faca num de imediato ela ouve um grito e as suas mãos enchem-se de sangue vindo do interior do pão. Na véspera de S. João (dia para o encantamento ser quebrado) o carpinteiro estava indiferente à animação pois só pensava em cumprir a promessa por ele feita ao ex-governador, logo que pode pegou nos pães e foi até fonte. Chegando a altura certa este atira o 1º pão para a fonte e grita por Zara, a mais velha das irmãs e uma figura feminina sobe no espaço e desaparece diante dos seus olhos. Logo de seguida atira o 2º e grita por Lídia volta a aparece-lhe outra bela rapariga que desaparece no ar diante dele. Por fim atira o 3º e grita pela filha mais nova do ex-governador, nada acontece, ele volta a grita por Cassima e uma jovem moura aparece-lhe agarrada ao gargalo da fonte, que lhe diz que não pode sair dali devido a curiosidade da sua esposa. Ele pede-lhe desculpa em nome da sua pobre mulher, esta diz que a perdôa e que tem uma coisa para a mulher deste pois jamais poderá sair daquela fonte e atira um cinto bordado a ouro para as mãos do carpinteiro, enquanto desaparece no interior da fonte...

No caminho o Carpinteiro para ver melhor a beleza do cinto coloca-o em redor de um troco de um grande carvalho, mas de imediato a arvore cai por terra, cortada cerce pelo cinto fantástico. Benzendo-se e rezando o carpinteiro compreende tudo: Cassima dera-lhe o cinto apenas para se vingar! Sua mulher ficaria cortada ao meio, como o carvalho gigantesco!... Este correu para casa abraçou a mulher e nessa noite não consegui pregar olho com medo que a moura ali aparece-se, mas isso nunca aconteceu.

Tal como a moura Cassima lhe dissera não mais poderia sair da fonte. Apenas por vezes, segundo se diz - principalmente nas vésperas de S. João - ela consegue agarrar-se ao gargalo da fonte, e mostrar sua beleza, e chorar a sua dor aos que se aventuram por até lá.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Gastronomia Algarvia - Assadura à Monchique

Ingredientes:

800 grs de carne de porco magra ;
sal ;
piri-piri q.b. ;




Confecção:
Corte a carne identicamente à preparada para as febras.
Após salpicá-la com sal, leve-a ao lume a grelhar.
Grelhada a carne, corte-a em pedaços pequenos e tempere-os com azeite de oliveira, alho, salsa e vinagre a gosto.
Sirva com batata frita e salada mista.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Terras do nosso Algarve - Ameixial

Uma referência que distingue o Ameixial é, sem dúvida o tipicismo do casario que compõe a aldeia, uma das mais emblemáticas da região algarvia e até do país. As suas gentes são acolhedoras e mestras na arte de bem receber.


O Ameixial oferece bons motivos para percursos de descoberta dos seus recursos mais notáveis, ao mesmo tempo que se conhecem os aspectos mais salientes da vida da população local: o património natural e arqueológico e a arquitectura rural.

Tomando a direcção de Loulé, passa pelos montes de Besteiros, Cavalos, Pelados e Rebentão. Antes de chegar a Vale da Rosa, virando para nascente, segue por uma estrada ladeada por eucaliptos que conduz à Figueirinha. Ao chegar, pode ser surpreendido. Se houver vento, o moinho local, velas ao vento, estará em funcionamento. É um dos raros casos de sobrevivência em toda a Serra do Caldeirão. Para regressar à EN 2, tome o caminho por Vale de Luís Neto e Cortiçadas até chegar a Vale da Rosa.O Inverno é a melhor época para ver correr as águas das ribeiras que passam ou nascem na freguesia. A ribeira do Vascanito, que nasce no sítio de Besteiros, passa pelo monte de Revezes e desagua no Vascão um pouco adiante. Perto de Reveses pode admirar o pego das Mitras. No caminho de Revezes até ao Cerro dos Vermelhos, tem sempre a Ribeira do Vascão ao lado.

Identidade

É uma freguesia serrana, na partilha do Algarve com o Alentejo, situada a cerca de meia centena de quilómetros de Loulé, a sede do concelho.

Possui belos montados, abundantes colmeias e caracteriza-se pela sua ruralidade. Existem casas com bonitos elementos decorativos, quer platibandas, quer janelas emolduradas com lajes de pedra.


Localização

Limitada pela ribeira do Vascão a Norte, pela freguesia de Salir a Sul e pelas freguesias de Martinlongo e Cachopo a Leste, situa-se no coração da Serra do Caldeirão, num lugar alto, entre os cabeços da serra, donde se avista Beja.


Actividades Principais

A agricultura de subsistência, própria da Serra do Caldeirão, como na generalidade das fre-guesias limítrofes ocupa praticamente toda a população com idade activa como actividade principal ou complementar. Não falta, também, o artesanato local.


História

O passado desta freguesia é muito antigo, estando amplamente documentado, a partir do Neolítico por numerosos achados arquelógicos.

Destes achados destacam-se algumas inscrições ibéricas e um grande número de objectos que integram a colecção de J. Rosa Madeira.

No entanto, da história do Ameixial, pouco sabe sobre o período subseqüente à reconquista cristã. A primeira data em que o Ameixial é referido como sede de freguesia é em 1747. A instituição da paróquia é posterior ao séc. XIV.


Património Cultural

Núcleo Arqueológico de Corte d’Ouro
A 4 km do Ameixial, na estrada (qual) para Martinlongo, encontra a Corte d’Ouro, onde estão assinalados núcleos arqueológicos.

Anta de Beringel, e Anta da Pedra do Alagar estão localizadas num perímetro de 2 km em redor de Corte d’Ouro, são antigos dólmens do Neolítico com mais de 4000 anos.

Moinho do Pisão, é um engenho de moagem tradicional, existente na Ribeira da Corte, que funcionou entre 1836 e 1986 pela acção da água sobre três rodízios que accionavam os sistemas de moagem.

Casas circulares de xisto e colmo, mais conhecidas pelo nome de palheiros


No ponto mais alto dos montes, pode admirar estas belas construções redondas de xisto com cobertura cónica de palha de centeio escorada sobre traves e sem coluna central.

Igreja Matriz de Santo António é um edifício de traço simples.


Património Natural

Miradouro da Serra do Caldeirão
Proporciona uma paisagem sem igual (na EN 2).

Corte D’Ouro
Vale a pena sair da estrada (EN 2) e seguir os trilhos para desfrutar da paisagem envolvente.

Ribeira do Vascão
Justifica que se abandone o transporte e desça até às suas margens para admirar a paisagem, observar as aves ou fazer um piquenique.



Produtos Locais

A produção de trigo, cevada e centeio excede o consumo local e, nas hortas regadas com as águas das serras, há frutas e legumes em abundância. As colmeias, em grande número, assim como a suinicultura e o gado de lã,são importantes na agro-pecuária.

Gastronomia

Para saborear a gastronomia local, pode optar pelos petiscos das casas de pasto e deliciar-se com os petiscos, onde sobressai o pão caseiro, as azeitonas galegas, os queijinhos secos e o porco, nas suas variantes presunto e chouriças e as refeições são completas. Saborosas sopas de legumes ou açordas, pratos de cabrito ou borrego, galo de campo, coelho ou lebre, perdizes, ou o jantar de grão, os cozidos de feijão com carne de porco. Muitas das receitas têm influência da gastronomia alentejana.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Praias do nosso Algarve - Praia Grande e Praia da Angrinha

A praia situa-se em pleno estuário do Rio Arade, aos pés de Ferragudo. O principal acesso ao areal está alinhado com a abertura dos grandes molhes do Arade, avistando-se junto ao molhe Poente, já na Marina de Portimão, uma profusão de mastros e triângulos brancos. O areal é amplo, enquadrado por uma linha de arribas muito desgastadas e corroídas pelos elementos. 


As paredes rochosas fazem-se revestir por muita vegetação, sobretudo plantas adaptadas à salsugem como a barrilha e a salgadeira, ou plantas típicas das dunas, como o trevo-de-creta, que colonizam as pequenas cavidades rochosas onde se acumula areia. Um passadiço assente na areia percorre parte do areal, junto do qual surgem equipamentos turísticos, esplanadas e até um parque infantil. É uma praia muito frequentada mas com troços mais tranquilos para Sul, onde uma mancha verde de pinhal corta a cor quente da arriba. 


Para norte do Forte de S. João do Arade, que em conjunto com a Fortaleza de St.ª Catarina na outra margem do rio, garantia a defesa do estuário, surge o areal da Angrinha, cuja configuração muda ao sabor da foz da ribeira que ali desagua. Esta é uma pequena praia situada no sopé de Ferragudo, uma povoação de tradição piscatória, que se debruça em varandas brancas sobre a margem nascente do Rio Arade.

Nota: Uma vez que existe a possibilidade de ocorrer desprendimento de pedras, recomenda-se atenção à faixa junto das arribas.

Acesso: Pedonal na povoação de Ferragudo (a cerca de 5Km de Lagoa) para a Praia Grande e Praia da Angrinha. Estacionamento ordenado mas pequeno junto à Praia Grande, estacionamento amplo junto à Angrinha, a 250m da Praia Grande. Diversos equipamentos de apoio (restaurantes e WC) e vigilância na época balnear, apenas na Praia Grande. Orientação: sudoeste.