sexta-feira, 20 de julho de 2012

Fogo perto de S. Brás de Alportel, Tavira pede alimentos e água para bombeiros

A situação em São Brás de Alportel é «grave e séria» e as chamas estão nesta altura a apenas dois quilómetros da vila, disse à Lusa o presidente da Câmara, António Eusébio.

Na sua página do facebook, o município de Tavira está a pedir aos munícipes que levem bens alimentares ou bebidas engarrafadas para os bombeiros municipais.


«O fogo ficou descontrolado durante o início da noite ontem (quinta-feira) e chegou desde o norte de São Brás até às portas de Tavira. Aqui em São Brás está a dois quilómetros do centro da vila. Vamos ter que fazer o ponto da situação de manhã para ver que passos dar», explicou.

De acordo com o autarca, a «situação é grave é séria» tanto mais que apesar do número elevado de meios os bombeiros estão exaustos, alguns dos quais vieram de outros incêndios, e quando há mais vento a situação complica-se.


António Eusébio disse à Lusa que neste momento estão a ser retiradas Centro de Medicina Fisica e Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, cerca de uma centena de pessoas, 50 dos quais doentes.

O presidente da Câmara refere que as pessoas estão a ser retiradas do edifício apenas por uma questão de segurança e para respirarem melhor, porque nesta altura o «ar é muito denso, devido ao muito fumo».

Referindo que as autoridades foram obrigadas a retirar os habitantes das localidades de Cabeça de Velho, Parizes e Arimbo, durante a noite, António Eusébio indica que não pode avançar com números.

«Não temos acesso às estradas cortadas por onde o fogo está a passar. Não tenho meios para chegar à serra. Disseram-me que há várias habitações consumidas pelo fogo, mas ainda não tenho o ponto da situação. De certeza que haverão muitos animais mortos, muitas casas ardidas e automóveis, mas só mais tarde podemos confirmar», disse.

António Eusébio revelou igualmente que desde quarta-feira à noite «a Guarda Nacional Republica cortou várias estradas», muitas delas «continuam fechadas por uma questão de segurança para as pessoas».

O fogo não chegou ao outro concelho limítrofe de Tavira, em Alcoutim, apesar de ter estado nas imediações, disse à Lusa o presidente da câmara local, Francisco Amaral.

De acordo com o autarca, em Alcoutim «há largos milhares de hectares de pinheiro manso», mas «estão muito limpos, não têm pasto nem mato», o que impede a propagação dos incêndios.

Francisco Amaral adiantou ainda que Alcoutim está a apoiar o combate ao incêndio de Tavira, tendo enviado bombeiros para combater as chamas em Cachopo, e tendo recebido, na quinta-feira à noite, os idosos internados no lar de Cachopo.

Naquela freguesia, o fogo está, segundo o presidente da Câmara Municipal de Tavira, «bastante perto da cidade», estando uma das frentes a lavrar «na freguesia de Santo Estevão, [na zona dos] Moinhos da Rocha , mais conhecida pela zona do caminho-de-ferro».

Jorge Botelho remeteu. No entanto, um ponto da situação para mais tarde, explicando que vai agora «tentar avaliar como as coisas estão», sublinhando que ainda que falta fazer uma análise dos custos e danos causados pelo incêndio.

Fonte: Sol

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