A garantia é do ministro da Saúde que põe de lado a recomendação de um relatório a propor o fecho das duas unidades.
"Apesar da recomendação de um estudo técnico, não temos intenção de fazer alterações nessas duas unidades", enunciou Paulo Macedo aos jornalistas, à margem de uma visita de trabalho que efetuou hoje à tarde ao Hospital de Faro.
O relatório da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência previa o fecho dos Serviços de Urgência Básica (SUB) localizados em Lagos e em Loulé.
Em julho, a proposta mereceu duras críticas do deputado social-democrata Mendes Bota que afirmou que, caso o Governo avançasse, levaria o ministro da Saúde ao terreno.
"Convidá-lo-ei a fazer comigo o percurso de várias aldeias do Ameixial ou de Salir [Loulé] para verificar como não é possível alguém ser transportado até Faro em menos de uma hora", disse na altura Mendes Bota à agência Lusa.
Também o PS/Algarve alertou hoje que o possível encerramento dos serviços de urgência de Lagos e Loulé provocaria a destruição da rede de saúde do Algarve e teria fortes repercussões na segurança e imagem da região.
"O eventual encerramento dos SUB de Lagos e Loulé provocará a destruição da rede do Algarve, que o próprio documento reconhece como única, com impactos nefastos para a estratégia de desenvolvimento da região e populações, bem como uma sobrecarga para os serviços que se propõem como alternativa", sustentavam os socialistas algarvios.
Além de Lagos e Loulé, a lista da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência inclui serviços de urgência em Valongo, Oliveira de Azeméis, Idanha-a-Nova, Tomar, Montemor-o-Novo, Estremoz, Serpa, Macedo de Cavaleiros, Fafe, Santo Tirso, Peniche, Agualva-Cacém, Montijo e Lisboa (Hospital Curry Cabral, cujo encerramento já se efetivou).
Fonte: Diário Digital
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