segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cerca de 80 professores formados na Universidade do Algarve temem ficar sem emprego

Cerca de 80 professores formados na Universidade do Algarve (UAlg) viram o seu curso ficar sem reconhecimento pelo Ministério de Educação após mais de seis anos a leccionar e temem ficar sem emprego. 

Universidade do Algarve

Em 2001, os alunos do curso de Línguas e Literaturas Modernas, da Universidade do Algarve, foram informados que a licenciatura tinha sido reestruturada e que seria via científica e não via ensino, como estaria definido no início. Para corrigir a situação, e antes de extinguir o curso, a UAlg decidiu fazer uma pós--graduação, de dois anos, em Ensino de Línguas, que conferia a habilitação profissional para a docência, e cujo estágio, no último ano, era reconhecido pela Direcção Regional da Educação do Algarve. Desde que terminaram o curso (a última turma é de 2005/06) que os alunos têm leccionado em escolas básicas e secundárias por todo o País. Até ao ano passado.

"Uma colega teve dificuldades em inscrever-se numa escola no ano passado e foi-lhe dito que a pós-graduação não se encontrava na lista de cursos homologados pelo Ministério da Educação", conta ao CM Gina Guerreiro, uma das professoras.

Segundo os docentes, no ano passado apenas "três ou quatro colegas" foram afectados, mas neste ano são "quase todos". "Como o caso foi denunciado no ano passado, neste ano o Ministério invalidou as candidaturas quase todas", assume Gina, que, tal como os restantes 80 colegas, teme ficar semcolocação.

O Correio da Manhã sabe que a UAlg recorreu e está a defender a validade da pós-graduação junto do Ministério da Educação, mas que o processo ainda está em análise. "Não temos qualquer culpa e não faz sentido ficarmos na incógnita se vamos ou não conseguir trabalhar neste ano", queixa-se a docente.


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