A Lua Cheia vai estar hoje maior e mais brilhante do que o habitual, fenómeno que só voltará a repetir-se, nas mesmas condições, dentro de 18 anos, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL).
Se o céu estiver limpo, a "Super Lua" pode ser visível entre as 21h06 (hora de Lisboa), quando nasce, e as 06h14 de segunda-feira, quando se põe.
O fenómeno acontece uma vez por ano, quando a fase de Lua Cheia ocorre perto do perigeu, ponto da órbita da Lua mais próximo da Terra. Nestas condições, a Lua Cheia é maior e mais brilhante.
Contudo, no domingo, o tamanho e o brilho da Lua Cheia será ainda maior, uma vez que a Lua Cheia estará mais perto do perigeu orbital, a 21 minutos de distância, explicou hoje à agência Lusa o diretor do OAL, Rui Agostinho, acrescentando que a "Super Lua" de 2013 só voltará a suceder dentro de 18 anos.
Segundo o OAL, a Lua Cheia terá, no domingo, um tamanho 14 por cento maior e será 30 por cento mais brilhante do que a Lua Cheia no apogeu, ponto da órbita da Lua mais distante da Terra.
Sem estas características, a Lua Cheia volta a estar mais próxima do perigeu, em 2014, mas numa data diferente, a 10 de agosto, dado que a órbita da Lua não é constante, assumindo a forma de uma elipse.
No domingo, a "Super Lua", como qualquer Lua Cheia, pode ser vista a olho nu, mas também com o auxílio de binóculos e telescópios. O Observatório Astronómico de Lisboa organiza, a partir das 20h30, uma sessão especial de observação, com entrada livre.
Na fase de Lua Cheia, em que a Lua está totalmente iluminada, são visíveis, com um telescópio, as crateras, os vales, os mares e as montanhas, embora certos detalhes à superfície, como a sombra projetada das montanhas na Lua, na transição de condição de iluminada para escura, só possam ser observados na fase de Quarto Crescente, apontou Rui Agostinho.
A Terra dista, em média, 384.400 quilómetros da Lua. No perigeu médio, a distância diminui para 363.100 quilómetros e no apogeu médio aumenta para 405.700 quilómetros, de acordo com o OAL.
O Observatório adianta que, no domingo, no momento em que a "Super Lua" estará mais próxima do horizonte, a partir das 21h06 (hora de Lisboa), o tamanho da Lua que os olhos veem será maior do que efetivamente é, não é o real.
"É um efeito ótico, uma construção do cérebro", assinalou Rui Agostinho.
Para o demonstrar, o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa recorre a uma pequena experiência: se se olhar para a Lua Cheia quando estiver a nascer e tapar-se a metade debaixo com uma folha de papel, "o cérebro reduz o tamanho da Lua".
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