quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Médico do hospital de Portimão premiado por método inovador para tratar otite serosa nas crianças

Um método inovador a nível mundial, que permite evitar 80% das cirurgias invasivas nas crianças que sofrem de otite média serosa, foi inventado e desenvolvido inteiramente no hospital de Portimão, pela equipa coordenada pelo médico Armin Bidarian Moniri, do Serviço de Otorrinolaringologia no Centro Hospitalar Algarvio (CHA).


O método é aparentemente muito simples e consta de uma máscara que se adapta ao nariz e à boca da criança, com um tubo, um balão que insufla de cada vez que o pequeno doente respira e ainda uma bomba. Tudo isso está escondido dentro de um brinquedo, um peluche, de modo a tornar o tratamento o menos «assustador e agressivo possível» para a criança…e até para os seus pais, como explicou Armin Bidarian Moniri ao Sul Informação.

A invenção e o desenvolvimento deste método valeu ao jovem médico Otorrinolaringologista uma distinção da Rainha Sílvia da Suécia, o seu país natal, que lhe foi entregue no passado dia 22 de Janeiro, no Castelo de Estocolmo, naquele país nórdico.

Esta distinção deve-se ao seu trabalho de investigação relacionado com a deficiência auditiva em crianças, que culminou com a criação de um tratamento inovador e não invasivo da otite média serosa, diminuindo, assim, as cirurgias invasivas.

A perda auditiva em crianças, cuja causa mais frequente é a otite serosa (cerca de 80% das crianças sofrem uma ou mais otites serosas antes dos 4 anos de idade), é uma deficiência comum que pode arrastar-se durante meses a anos antes de ser detetada, resultando em milhares de operações anuais em Portugal e em todo o mundo.

Além dos potenciais riscos associados à anestesia, as crianças sofrem ocasionalmente complicações graves e muitas têm que voltar a ser operadas. Todos estes procedimentos acarretam elevados custos socioeconómicos.


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