sexta-feira, 24 de junho de 2011

Monumentos e Património do nosso Algarve - Castelo de Tavira

A fundação da cidade algarvia de Tavira remonta a um tempo pré-romano, de possível ocupação fenícia ou cartaginesa. Devido à sua localização nas margens do Rio Asseca e nas proximidades da orla marítima algarvia, Tavira revelou-se um importante porto marítimo, ao mesmo tempo que se constituía como importante ponto estratégico de defesa.
Balsa, assim se denominava Tavira durante a ocupação romana, cresceu em importância estratégica, já que os Romanos edificaram aqui uma ponte que estabelecia a ligação de uma das suas vias militares no Sul da Península. Apesar de não perdurarem vestígios materiais desta época, é provável que Tavira conhecesse já uma fortaleza bem dimensionada.

As invasões bárbaras e, posteriormente, muçulmana alteraram a sua configuração e também a denominação, dado que o topónimo Tavira é um legado de origem árabe.

                    

Assediada pelas tropas cristãs, Tavira é conquistada em 1242 por D. Paio Peres Correia, vindo a ser doada, dois anos mais tarde, por D. Sancho II à Ordem de Sant'Iago da Espada. Se D. Afonso III lhe concede foral em 1266, o primeiro outorgado a uma vila algarvia, D. Dinis amplia, em 1303, os privilégios contidos nessa carta régia. Reconhecendo o seu crescimento e desenvolvimento sócio-económico, D. Manuel I eleva-a à categoria de cidade em 1520, vindo os seus sucessores a confirmar os seus privilégios em diversos diplomas régios.

Ao mesmo tempo que Tavira se afirma no mapa do Algarve, também o seu castelo medieval passa por uma acentuada metamorfose. Tributário da fortificação muçulmana, o castelo de Tavira é, presentemente, uma ruína. Com efeito, as forças da natureza danificaram-no gravemente durante o terramoto de 1755, para, mais tarde, os homens procederem ao desmantelamento de grande parte do seu perímetro defensivo.


Ainda assim, o que dele subsiste remete, essencialmente, para uma reforma gótica do tempo de D. Dinis, datada de 1292, como nos elucida uma lápide comemorativa. Nesse restauro do século XIII, a sua cerca seria ampliada, ao mesmo tempo que se erguia a robusta e altiva Torre de Menagem. Em 1475, esta edificação ameaçava ruína, pelo que se procedeu a novo restauro. Posteriormente, em 1641, D. João IV mandou adaptá-la aos tempos modernos da pirobalística, introduzindo-lhe modificações estruturais que a reforçaram e lhe conferiram um carácter construtivo menos medieval.

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